A Maçonaria é uma sociedade discreta, cujas ações são reservadas apenas aqueles que dela participam. A organização tem por princípios a liberdade, igualdade e fraternidade. Outros valores defendidos pela Maçonaria são o aprimoramento moral e intelectual de seus membros, independente de credo, classe social, ideário político ou etnia.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (5) que a esquerda faz um “estardalhaço” com as imagens da sua visita a uma loja maçom em 2017 e disse que foi apenas uma vez ao local.
O mandatário afirmou que era pré-candidato a presidente na época e foi convidado por um “colega” a ir na maçonaria e aceitou o convite. “Quero apoio de todos aqui no Brasil”, disse.
Bolsonaro disse que foi “muito bem recebido” no local e que “se tiver alguma coisa errada a gente vê como proceder”.
“Pessoal me criticando porque fui em loja maçom em 2017. Fui sim, fui em loja maçom, acho que única vez”, afirmou. E prosseguiu: “Fui de novo? Não fui. Agora, sou presidente de todos. Isso agora a esquerda faz estardalhaço. O que tenho contra maçom? Tenho nada.”
O vídeo de Bolsonaro em um templo com símbolos da maçonaria foi amplamente compartilhado por opositores do presidente como tentativa de afastá-lo dos públicos evangélico e católico, uma vez que as religiões são críticas dos maçons.
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Nas redes sociais e em aplicativos de mensagens, apoiadores do presidente criticaram o vídeo.
“Bom dia, amigos, eu vi uma notícia que nosso presidente é maçom, estou muito desapontado“. Esse foi um dos comentários que exemplificam parte da decepção de alguns bolsonaristas em grupos de Telegram.
“O Bolsonaro é maçom?”, “A maçonaria criou o comunismo”, “Não acredito que fiz campanha por quatro anos para um maçom”, “Em perfil de maçom, eu passo longe. Lixo satanista!” e “Pessoal, o vídeo é verdadeiro, não adianta negarmos. A pergunta que fica agora é: por que o nosso presidente está participando de cerimônias maçom?”
Essas são amostras dos comentários de frustração em grupos pró-governo. Vídeos de um canal do YouTube com títulos “Maçonaria Inimiga da Igreja” também foram disseminados nos grupos, acompanhados de comentários que a associam ao comunismo.
Pastores bolsonaristas, porém, agiram rápido para tentar conter eventuais danos com o vídeo.
A Folha de S. Paulo conversou com quatro pastores bolsonaristas. Dois afirmam que o impacto será nulo na campanha à reeleição. Outros dois admitiram que alguns eleitores crentes podem se abalar com as imagens.
Fonte: Folha