Corpo de fisiculturista será levado para Argentina 7 dias após ter sido encontrado em hotel de SP, diz família

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Fisiculturista Johana Colla, de 30 anos, morreu horas após participar de competição — Foto: Reprodução/Instagram

Johana Colla, de 30 anos, participou do 47º Campeonato Sul-Americano de Fisiculturismo e Fitness, realizado na capital paulista. Ela foi encontrada morta no hotel onde estava hospedada no dia 8 de outubro, horas depois de ser vice-campeã em competição; namorado disse que ela tomou remédio para ansiedade.

O corpo da fisiculturista argentina Johana Soledad Colla, de 30 anos, que foi achada morta no quarto de um hotel em São Paulo no último sábado (8), será levado para Buenos Aires, Argentina, na noite deste sábado (15) para velório e enterro. A informação foi divulgada ao g1 pela família da atleta.

A Polícia Civil investiga a causa da morte de Johana, que fazia parte da delegação argentina de fisiculturismo e estava no Brasil participando do 47º Campeonato Sul-Americano de Fisiculturismo e Fitness, na categoria Físico Feminino.

O namorado da atleta disse à polícia que ela tomou um remédio para ansiedade no dia anterior e anabolizantes 13 dias antes. A família nega.

O evento foi realizado entre 6 e 9 de outubro em um hotel no Parque Anhembi (leia mais abaixo quem era a atleta). Na sexta-feira (7), Johana conquistou o segundo lugar na competição.

Ela chegou a publicar um vídeo no seu perfil que mostra sua performance (veja vídeo acima). Em setembro, ela também foi vice-campeã em um campeonato em Córdoba, na Argentina.

Contudo, horas depois da conquista, a atleta foi encontrada morta no hotel em que estava hospedava. De acordo com o boletim de ocorrência, foram feitas massagens cardíacas, mas a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou a morte à 1h20. Não havia sinais de violência.

O caso foi registrado como morte suspeita, e um inquérito foi instaurado pelo 13º Distrito Policial (Casa Verde). “A autoridade policial ouviu testemunhas, solicitou imagens de monitoramento do local e aguarda o laudo necroscópico”, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Exames antes de liberação

O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para ser feito exame toxicológico.

O Consulado da Argentina em São Paulo informou que o corpo da atleta foi retirado do IML na quinta-feira (13) por uma empresa funerária e levado para preparação e translado para a Argentina.

Ao g1, a irmã da vítima, María Del Carmen Colla, afirmou que faltava um documento da polícia para liberar o corpo durante a semana e, por isso, só conseguiram o translado para Buenos Aires para este sábado (15), sete dias após a morte. Horários de velório e enterro não foram divulgados.

Investigação

Segundo a polícia, depois da competição, Johana e o namorado dela voltaram para o hotel. Investigadores tiveram acesso às imagens das câmeras do hotel, mas elas não foram divulgadas.

Nelas, os investigadores viram o casal chegar às 21h43. Os dois estavam tranquilos e felizes pela colocação de Johana no campeonato. Exatamente duas horas depois, quase no final da noite, o namorado dela saiu do quarto desesperado e pedindo socorro.

Segundo o delegado que investiga o caso, o namorado disse em depoimento que Johana tomou um remédio para ansiedade um dia antes da competição.

Ainda de acordo com a polícia, o namorado falou que a Johana usava anabolizantes e que parou 13 dias antes de competir para que a substância não fosse detectada num eventual exame antidoping.

‘Injetaram algo nela’

Johana Soledad Colla foi achada morta em São Paulo — Foto: Reprodução/Instagram

Johana Soledad Colla foi achada morta em São Paulo — Foto: Reprodução/Instagram

família da fisiculturista acredita que a atleta tenha sido assassinada. Isso porque Johana mandou áudios momentos antes de morrer afirmando que um homem havia injetado algo desconhecido nela.

“Injetaram algo nela que ela não sabia o que era. Tenho muitos áudios que ela nos mandou dizendo que um colega de quarto tentou abusar dela. Eu sei que ela não morreu por um infarto ou de morte súbita. A minha irmã jamais se drogou. Ela preparava seu corpo para os campeonatos, mas droga mesmo, jamais. E coincidentemente, depois de ganhar e saber que estava classificada para o Mundial, ela morreu. Não é possível, por Deus”, afirmou ao g1 María Del Carmen Colla.

“Seria bom se soubessem o que aconteceu com a minha irmã. A mataram. Ela não morreu por causa do esporte. Peço Justiça”, disse María Del Carmen

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