O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que reações como a do ex-deputado Roberto Jefferson, que atacou policiais federais, não são aceitáveis e representam um risco à democracia do país.
Os agentes atingidos foram cumprir uma ação da Polícia Federal, neste domingo (23), determinada pelo ministro do STF Alexandre Moraes.
“Não é um comportamento normal, não é um comportamento adequado”, afirmou o candidato petista, neste domingo (23), em São Paulo.
Lula também fez referência ao episódio recente no qual a ex-ministra e deputada eleita Marina Silva foi hostilizada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, esse tipo de manifestação, bem como o comportamento do ex-deputado contra policiais federais, representa uma “máquina de destruição dos valores democráticos”.
“É contra isso que o povo deve se dirigir nas urnas no dia 30”, afirmou Lula. “Nós não podemos tentar aniquilar aqueles que não concordam com a gente”, completou.
Ainda de acordo com o petista, o país precisa reestabelecer a normalidade democrática, sem indústrias de “fake news” e despeito aos Poderes. “A aberração política nesse país tem cara, tem nome”, disse o candidato, em referência ao seu adversário na campanha para a presidência.
O ex-presidente afirmou que sua campanha seguirá pedindo direito de resposta contra as declarações consideradas mentirosas feitas pelo atual presidente, após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidir conceder ao petista direitos de resposta a 116 vídeos divulgados na TV pela campanha de Jair Bolsonaro.
“Vamos entrar com direito de resposta para que o povo brasileiro possa votar com base na verdade”, afirmou Lula.
Ele reforçou ter confiança de que sairá vitorioso na disputa do segundo turno. Ele disse e que vai aproveitar a última semana antes da votação para tentar convencer o maior número possível de pessoas que ainda estão indecisas ou que votaram em branco sobre as propostas que defende para retomar a economia e reduzir o desemprego.
Lucas Bombana, Folhapress