Aliados dizem que Bolsonaro está depressivo e temem que não conclua mandato

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Foto: Divulgação

O presidente derrotado e cessante Jair Messias Bolsonaro (PL) está recluso desde a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 30 de outubro. Há mais de duas semanas ele não aparece em público ou se manifesta nas redes sociais, onde ele sempre foi muito ativo. Há rumores de que o inquilino do Palácio do Planalto renuncie ao cargo antes da posse do petista.

Os rumores foram registrados pelo site Metrópoles, que confirmou essa possibilidade junto com parlamentares que apoiaram Bolsonaro no primeiro e no segundo turnos.

De acordo com o jornalista Guilherme Amado, colunista no Metrópoles, o entorno de Bolsonaro teme que ele não conclua o mandato. O relato de pessoas próximas ao presidente descrevem o estado do presidente como “apático” ou “depressivo” após a derrota para Lula.

Deputados que deram apoio a Bolsonaro na Câmara, disseram que Jair Bolsonaro alterna entre continuados choros e ataques fúria contra o que ele [presidente] classifica como “traidores”.

Enquanto lambe as feridas no Palácio da Alvorada, residência oficial, Bolsonaro passa horas do dia amaldiçoando ex-aliados, sobretudo do Centrão, inclusive a maior parte do PL, seu partido, que já se debandaram para o lado vencedor, Luiz Inácio Lula da Silva.

Na prática, sob a chefia do vice Geraldo Alckmin, o governo Lula já opera na prática em todas as frentes institucionais desde a vitória no segundo turno.

Embora tenha acessos de fúria e choro, Jair Bolsonaro se recusa a fazer pronunciamentos públicos. Pode ser que mude, mas a tendência é que ele saia antes do tempo para não precisar transferir a faixa presidencial.

A carta de renúncia já estaria escrita e pronta para ser divulgada.

O cerimonial da transição do governo, caso se confirme a renúncia de Bolsonaro, estuda a presidente deposta Dilma Rousseff (PT) para entregar a faixa na posse de Lula. Esse simbolismo seria uma espécie de acerto de contas com golpistas, que, em 2016, usurparam o poder no País.

Live tradicional

Nas duas últimas semanas, Bolsonaro não fez nem as suas tradicionais transmissões ao vivo de quinta-feira, que ele manteve até mesmo quando viajou para o exterior. A estratégia tem sido considerada um erro por pessoas próximas. Lideranças de seu partido, o PL, acham que ele deve sair do ostracismo se quiser assumir liderança da oposição. De acordo com informações do colunista Guilherme Amado, no Metrópoles, no Planalto, acredita-se que, passado o 15 de novembro, os eleitores do presidente passarão a cobrar sua presença ou pronunciamento público.

Paulo Pimenta

O deputado federal Paulo Pimenta (PT) afirma ter relatos de dentro do governo que confirmam as informações de Amado. “Ele está absolutamente abalado emocionalmente e psicologicamente”, ratificou. “Tem uma mesa em que eles fazem reuniões, inclusive das bancadas, que ele tentou fazer duas ou três reuniões. Ele senta em um canto da mesa, os filhos quando estão participam, bota as mãos e deita a cabeça em cima e fica meia hora chorando e todos em volta ficam parados assistindo”, descreve.

O deputado diz ainda que tentaram, “dois ou três dias depois fazer outra reunião, mas não deu. Ele sentou, embargou a voz, baixou a cabeça, chorou, chorou desesperado. Nunca mais fez uma reunião, não fala com ninguém, alterna o humor e abandonou completamente qualquer liturgia e qualquer função relativa ao cargo. A rigor estamos sem presidente”, encerrou.

As informações são do site Metrópoles

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