‘Seria um reconhecimento de Lula à Bahia’, diz Antonio Brito sobre possibilidade de o Estado faturar três ministérios

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Foto: Flávio Sande/Política Livre

Reconduzido para permanecer na liderança do PSD na Câmara Federal no primeiro ano do governo Lula, comandando uma bancada de 42 parlamentares eleitos ou reeleitos, o deputado baiano Antonio Brito ganhou papel de destaque nas articulações em Brasília em torno da composição ministerial do petista. E, se depender dele, a Bahia terá três ministros.

“Se o governador Rui Costa (PT) e os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar, que preside meu partido no Estado, forem escolhidos ministros, seria um reconhecimento de Lula à Bahia, que foi tão importante para a vitória nessa disputa dura. Para nós, do PSD baiano, seria ainda um reconhecimento do papel que o partido teve na eleição tanto do governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) quanto do próprio presidente Lula”, afirmou o deputado.

Como publicou o site no final de semana, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, delegou a Antonio Brito, que faz parte do conselho político de Lula, o comando das articulações para definir os cargos que o partido terá no próximo governo. Nesta segunda-feira (5), Otto Alencar, que já teve o nome cotado para a pasta da Saúde, afirmou que também tem participado das negociações.

“Como aliados do PT, sabemos que, nessas articulações, o governador Rui Costa, que fica sem mandato em janeiro, vem primeiro para a composição de nomes baianos no ministério. Mas estamos aqui para colaborar no que for possível. Acredito que Otto seria um excelente nome para qualquer posto, com a experiência que ele tem, mas isso também depende muito dele”, declarou Antonio Brito.

O parlamentar baiano contou que o PSD pleiteia dois ministérios no governo Lula, sendo um quadro indicado pelo Senado e outro pela Câmara. O nome do deputado federal cotado para ocupar um cargo no primeiro escalão é o de Pedro Paulo (RJ), ligado ao prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PSD). Do Senado, além de Otto, está cotado o senador Carlos Fávaro, de Mato Grosso.

Antonio Brito negou que seja um empecilho a Otto aceitar um eventual convite o fato de o suplente do baiano ser petista Terence Lessa, ex-prefeito de Ibotirama, o que tiraria uma cadeira do PSD no Senado. “O suplente do PT é fruto de uma aliança sólida que temos no Estado e que perpassa essa questão de siglas partidárias”, argumentou.

O deputado garantiu ainda que o PSD da Câmara vai integrar em peso a base de Lula e votar a favor da PEC da Transição. “Em um jantar no dia 8 de novembro declaramos, com a orientação de Kassab, que faremos parte da base do próximo governo. Também garantimos naquele momento o apoio à reeleição do deputado Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara, e fomos o primeiro partido a fazer isso”.

Política Livre

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