O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira (8) que Gilberto Kassab (PSD) será um para-raios político de seu governo e que a relação com a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá que ser boa.
A declaração foi feita em evento do banco Itaú, ao lado do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
“Do ponto de vista político, a gente tem um grande para-raios político que vai ser o Kassab, secretário de Governo. Eu acho que não conheço ninguém mais habilidoso para trabalhar com a política, da relação com a Assembleia, da relação com os prefeitos, da relação com Brasília, que vai ser superimportante”, disse, em relação ao aliado, que é alvo de resistência de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Tarcísio afirmou ainda que o relacionamento com o governo federal, que terá Lula no comando, será “republicano”.
“Se São Paulo for mal, o Brasil vai mal. Para o Brasil ir bem, São Paulo tem que ir bem. A partir desse momento, nós somos sócios. Então nós temos que ter boa relação. É importante que a gente consiga garantir, por exemplo, que projetos importantes não parem”, disse, citando o caso da privatização do Porto de Santos, que foi arquitetada por ele.
O evento foi marcado por enfática defesa de privatizações. O governador eleito afirmou que não se trata de desfazer patrimônio, mas de “devolver ao povo o que é do povo”.
Tarcísio definiu a privatização da Sabesp como uma meta do governo. Mas disse que pretende privatizar primeiro a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia).
“Vamos começar pela Emae, porque é uma empresa que não faz mais sentido o Governo de São Paulo ter”, disse. “Vamos pensar simples, fatiar o gorila como algumas pessoas dizem. Tá fácil vender a Emae? Tá. Então vende a Emae primeiro, enquanto isso a gente vai trabalhando naquela que vai ser a grande privatização do estado de São Paulo, que é Sabesp”, disse.
Artur Rodrigues/Folhapress