O fututo ministro da Justiça, Flávio Dino, garantiu que a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “ocorrerá em paz”. A afirmação foi feita em postagem no Twitter, na noite de domingo (25). “Todos os procedimentos serão reavaliados, visando ao fortalecimento da segurança. E o combate aos terroristas e arruaceiros será intensificado. A democracia venceu e vencerá”, reforçou ainda o político.
Dino está em Natal, com a família, neste feriado, mas acompanha o caso da bomba encontrada próximo ao Aeroporto de Brasília na tarde do último sábado (24). Ao longo do dia 24 e 25 fez vários comentários sobre a situação. A Polícia Civil do DF confirmou a motivação política do acusado, George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, informou que ele não agiu sozinho e que o plano de explodir o artefato foi feito no acampamento instalado no QG do Exército, região central de Brasília.
O futuro ministro chegou a escrever que locais como este, espalhados pelo país e ocupados por manifestantes que não aceitam o resultado do segundo turno das eleições para presidente, têm se tornado “incubadoras de terroristas”.
Em depoimento à polícia, o acusado admitiu que tinha a intenção de detonar os explosivos. George foi preso por investigadores da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), na noite de sábado (24). Ele estava instalado no acampamento de extremistas bolsonaristas no QG do Exército, mas logo se mudou para um endereço no Sudoeste.
No local, os agentes apreenderam um fuzil AR10, com uma bandoleira, luneta e tripé, calibre 762; duas espingardas calibre 12 com porta munição; 11 carregadores de pistola; mais de 2 mil munições guardadas em caixas e cartelas; três pistolas, sendo duas Glock; dois revólveres calibre 357; um kit com três socos ingleses; uma caixa com esfera de aço com 100 unidades; e dois sprays de pimenta.
Objetos eletrônicos e apetrechos também foram levados pela polícia, como estilingues; dois canivetes; cinto tático; 10 blusas camufladas; um coturno; três mochilas; três calças táticas; ao menos três celulares; notebooks; e um veículo.
Parte dos objetos, incluindo armas, bombas e munições, foram trazidos por George do Pará — seu endereço original — para Brasília, dentro de uma caminhonete. No depoimento, ele relatou que veio ao DF para fortalecer o movimento das pessoas acampadas em frente ao Quartel-General do Exército.
Correio Braziliense Foto Agencia Brasil