Ligado ao MST, o deputado federal Valmir Assunção (PT) declarou, indagado pelo Política Livre na manhã desta sexta-feira (19), que a CPI na Câmara dos Deputados para investigar as invasões de terra é “um palanque político para os bolsonaristas”.
“Nós estamos na quinta CPI na Câmara Federal, durante todas as CPIs nunca encontraram algo de errado que pudesse criminalizar o MST, ou prender algum militante do MST, nunca. E já tiveram investigações de CPIs de ir em assentamento, ir em acampamento, nunca teve nada. O que está tendo nessa CPI é uma disputa política”, declarou Valmir.
“Essa CPI não tem fato determinado. Qualquer CPI tem que ter fato determinado. Essa não tem. Essa CPI é um palanque político para os bolsonaristas. Essa que é a grande verdade. Eles perderam a eleição e ficaram sem palanque. Tem que ter palanque. E eles querem comparar o ato que eles fizeram, invadindo o Congresso, com o ato de ocupar uma terra”, acrescentou.
“Esse ato no Congresso isso foi uma luta para rasgar a Constituição e tomar o poder. A luta que os sem-terra fazem é para cumprir a Constituição, para que as pessoas tenham direito de ter o trabalho, a produção e se alimentar”, emendou o parlamentar petista.
Ele contou ainda que, até o momento, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), não agendou uma audiência com o MST após o atrito publicado por Valmir nas redes sociais acusando o ex-governador de ter barrado a participação do movimento em um evento com a presença do presidente Lula (PT) em Salvador.
“Uma audiência para poder limpar todas as arestas possíveis, já solicitamos a Jaques Wagner, que é o líder do governo no Senado, para proporcionar uma audiência de Rui Costa com a direção nacional do MST para aprumar o nosso ponto de vista”.
“Não pode de forma nenhuma ter esse mal entendido. Nem com o MST nem com movimento nenhum. Fizemos parte desse projeto político. O que eu falei foi o que o responsável falou no evento em Salvador”, completou.
Nesta sexta, o governador Jerônimo Rodrigues e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, farão uma série de anúncios para a Bahia, no auditório da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), no Centro Administrativo.
Entre as novidades está o aumento no repasse de recursos federais para o estado baiano no valor de R$ 227 milhões, que será incorporado ao Fundo Estadual de Saúde; e R$ 75 milhões em parcela única.
Mateus Soares e Política Livre
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