Candidato à presidência do Equador é morto a tiros em atentado

Internacional

O candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, 59, foi assassinado com três tiros na cabeça após evento de campanha em Quito, segundo relatos de amigos e assessores do político. A morte foi confirmada pelo presidente equatoriano, Guillermo Lasso, pelas redes sociais.

“Indignado e consternado pelo assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e minhas condolências a sua esposa e suas filhas. Pela sua memória e por sua luta, asseguro que esse crime não ficará impune”, afirmou Lasso em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).

“O crime organizado chegou muito longe, mas sobre eles vai cair todo o peso da lei”, disse. Ainda não há informações policiais sobre o ocorrido.

O ataque aconteceu por volta das 18h20, segundo a imprensa local, na tarde desta quarta-feira (noite no Brasil). Ainda não se sabe quantos são os feridos no atentado, mas pessoas próximas da campanha afirmaram a veículos de imprensa locais que são ao redor de oito, algumas das quais internadas em uma clínica próxima ao local do evento. A polícia cercou as ruas no entorno.

Villavicencio era um ex-congressista e candidato de centro-direita pelo Movimento Construye. Em pesquisa divulgada na manhã desta quarta no perfil do candidato em redes sociais, ele aparecia com 13,5%, em segundo lugar, atrás da esquerdista Luísa González, com 26%.

O Equador vive atualmente instabilidade política e grave crise relacionada ao narcotráfico e à violência, que cresceu no último ano. A taxa de homicídios saltou de 14 para 25 por 100 mil habitantes de 2021 a 2022, e cidades como Guayaquil, a sudoeste do país, têm sido palco de onda de violência com mortos em ataques armados.

Na cidade, a maior do país, em abril, confronto entre gangues rivais em um presídio matou 12 pessoas, e os motins são constantes desde 2021. Em julho, 31 detentos morreram e 14 pessoas ficaram feridas em outro confronto em penitenciária de Quayaquil.

Antes visto como pacífico, o Equador está localizado entre o Peru e a Colômbia, grandes produtores de cocaína do mundo. Os portos equatorianos no oceano Pacífico atraem organizações criminosas pelo potencial de escoamento da produção.

Folhapress/Foto: Karen Toro/Reuters

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