Nesta segunda-feira (21), profissionais do Hospital Dom Malan (HDM ISMEP), no Sertão de Pernambuco, participaram de uma palestra com a delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher da Polícia Civil de Juazeiro (BA), Licelma Bonfim e com a investigadora Taís Benevides.
A proposta da gestão do HDM ISMEP é fortalecer a rede interna do hospital no enfrentamento à violência contra a mulher. “Nossa unidade é porta de entrada de mulheres de 53 municípios que fazem parte da Rede PEBA e somos referência no atendimento à mulher.
Dessa forma, é importante que nossos profissionais tenham a habilidade de identificar uma mulher vítima de violência, porque temos o compromisso de comunicar às autoridades esse tipo de crime, ” destacou a diretora geral do HDM ISMEP, Carolina Lemos.
A coordenação de serviço social destaca a relevância de multiplicar as informações e leis com os profissionais. “Logo no primeiro dia no atendimento da vítima suspeita de violência, a gente comunica às autoridades, encaminha a vítima ao Instituto Médico Legal para exames de corpo delito, faz inclusive a inserção dos dados no sistema do Ministério da Saúde. Somente este ano, já encaminhamos mais de 200 ofícios às autoridades de casos atendidos aqui no HDM ISMEP, ” destacou a coordenadora do serviço social do HDM ISMEP, Kátia Carreiro.
De acordo com estatísticas da Polícia Civil, 89% dos golpes de agressão física em mulheres são no rosto e partes íntimas. As policiais destacaram a Lei 13.931 de dezembro de 2019, que determina a notificação compulsória de violência contra à mulher atendida em serviços de saúde públicos e privados. “Antes da lei, a mulher agredida era socorrida, voltava para casa, para o convívio com o agressor e a polícia não ficava sabendo. Um crime grave passava despercebido. Hoje é importantíssimo que o profissional de saúde perceba a violência e comunique à polícia no período de 24 horas, ” ressalta a delegada Licelma.
Canais de Denúncia-Para denúncia de violência contra a mulher estão disponíveis o Disc 100 e o 180 que são nacionais e chegam à polícia. Além disso, tem o número 190 da polícia militar e em Petrolina o número 153, da Patrulha da Mulher, da Guarda Civil Municipal.
Rede de Enfrentamento-Estão como parte da Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, o Ministério Público, a Vara de Violência Doméstica e Familiar, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher da Polícia Civil – DEAM, Polícia Militar com a Ronda Maria da Penha, Centro de Referência Especializado em Assistência Social – CREAS, Centro de Referência de Atendimento à Mulher – CEAM, Casa Abrigo, Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher, entre outros.
Ascom HDM
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