Com o intuito de ampliar a capacitação acerca dos protocolos sobre captação e transplante de órgãos, o Hospital Regional de Juazeiro (HRJ), complexo administrado pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), recebeu um ciclo de treinamentos promovidos pela Central de Transplantes da Bahia. Destinado à equipe multiprofissional, o curso, que aconteceu no mês de agosto, fez parte das etapas de habilitação da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT).
Durante três dias, membros da CIHDOTT e colaboradores do HRJ participaram de atividades formativas, de maneira teórica e prática, sobre protocolos e testes realizados na constatação da morte encefálica, como o eletroencefalograma. O treinamento, ministrado por profissionais da Enfermagem e da Psicologia, também reforçou a importância do diálogo sensível com os familiares dos pacientes, bem como as rotinas e protocolos que estão incluídos nessa comunicação.
“O curso tem o objetivo de preparar o hospital para que os profissionais conheçam todas as etapas do processo, que vão desde o momento da identificação da gravidade do caso, passando pelo diagnóstico de morte encefálica, manutenção potencial do doador e notícia do óbito”, explica a coordenadora da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos da Bahia (CNCDO), a enfermeira América Carolina Sodré.
De acordo com a profissional, a comunicação, nesse processo, assume um papel essencial. “O óbito é um momento difícil para a família. No momento em que ela perde o ente querido, é essencial o acolhimento e o direito de decidir ou não pela doação. Então, nesse contexto, os profissionais, os hospitais e as pessoas precisam estar preparados para ofertar esse direito e acolhimento aos familiares”, destaca.
No dia 29 de junho, o Hospital Regional de Juazeiro realizou a sua primeira captação de órgãos, autorizada pelos familiares de um paciente de 43 anos, que teve o diagnóstico de morte encefálica após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico. Essa também foi a primeira vez que o procedimento foi realizado na cidade de Juazeiro e na região Norte da Bahia.
Dessa forma, o ciclo de treinamentos também assume a função de garantir a melhoria e continuidade desse procedimento no complexo hospitalar, sobretudo através da preparação do quadro de profissionais, ressalta o presidente da CIHDOTT, Igor Rodrigues. “É importante que esses treinamentos sempre aconteçam de maneira rotineira, para fortalecer o processo dentro da própria comissão, além de fazer com que os profissionais estejam cada vez mais capacitados para lidar com isso.”
Mayane santos/Ascom
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