As consequências do furacão Hilary, que atingiu os Estados Unidos no mês passado, com chuvas que comprometeram a produção de frutas, abriram novos horizontes para os produtores de uvas do Vale do São Francisco. Com a perspectiva de um aumento da ordem de 35% em relação à última grande safra, em 2021, quando o Vale exportou para os EUA um total de 14,39 mil toneladas da fruta, os produtores se reuniram em Petrolina na manhã desta quarta-feira (6) com representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
Durante o encontro, no Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), fruticultores e representantes do governo federal reconheceram que faltam auditores fiscais federais agropecuários para analisar e liberar as frutas e temem até “um colapso” nas exportações. O auditor fiscal, Antônio Romão Almeida, citou um levantamento do Anffa Sindical, no qual existem hoje 1,2 mil cargos vagos da carreira, ou seja, que poderiam, de imediato, ser preenchidos com o chamamento de novos servidores. A entidade está aguardando ainda uma resposta positiva do Governo Federal quanto à realização do concurso público anunciado em junho deste ano.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina, Jailson Lira, os clientes americanos já estão sinalizando com preços bastante atrativos e adiantando os pedidos da fruta visando ao abastecimento das redes de supermercados para os meses de novembro, dezembro e janeiro do ano que vem.
“Temos 21 empresas credenciadas para exportação visando o mercado americano e já estamos prontos também para o pleno atendimento à fiscalização exigida pelo Departamento de Agricultura dos EUA, principalmente no que diz respeito ao tratamento de frio, da temperatura dos palites e no estufamento e lacramento dos containers“, frisou Jailson Lira, acrescentando ainda que o Vale do São Francisco responde por 95% de toda a exportação de uva produzida no Brasil.
As informações são da CLAS/Foto: CLAS Mk/divulgação
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