A Polícia Nacional do Paraguai realizou uma nova tentativa de prender o influenciador bolsonarista Oswaldo Eustáquio na manhã deste sábado (16). Agentes estiveram no apartamento onde ele vive em Assunção, segundo ele próprio disse ao Estadão.
Nas redes sociais, o blogueiro pede doações em PIX. Segundo ele o recurso serviria para a alimentação dos filhos, que estão no Brasil.
Eustáquio teve a prisão decretada em 26 de dezembro de 2022 pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Segundo o ministro, Eustáquio descumpriu medidas cautelares impostas a ele depois de sair da prisão, em 2021, e organizou manifestações que pediam um golpe militar no Brasil – o que é inconstitucional.
Moraes determinou a inclusão do nome do blogueiro na Difusão Vermelha, a lista dos mais procurados da Interpol. Em março deste ano, Eustáquio chegou a ser preso pelas autoridades paraguaias, mas não foi deportado porque há um pedido de asilo feito por ele e pendente de julgamento pelo país vizinho.
“Levaram um serralheiro para entrar (no apartamento), mas eu estava na fisioterapia. Soube apenas quando cheguei”, disse ele por meio de mensagem de texto. Segundo ele, a tentativa de prisão aconteceu em parceria com o Comando Tripartite, um mecanismo de cooperação entre Brasil, Paraguai e Argentina.
Nesta quinta-feira (15), três bolsonaristas que estavam no Paraguai foram presos e deportados para o Brasil. Um deles, o blogueiro Wellington Macedo de Souza, foi condenado a seis anos de prisão pela tentativa de explodir uma bomba em um caminhão no Aeroporto de Brasília, na noite da véspera de Natal de 2022.
Os outros dois são a empresária paulista Rieny Munhoz e o radialista capixaba Maxcione de Abreu, também conhecido como Max Pitangui. Ambos são acusados de participar de atos antidemocráticos. Os dois e Wellington Macedo já chegaram ao Brasil e foram encaminhados ao presídio da Papuda, em Brasília.
Segundo Eustáquio, vários militantes bolsonaristas com pedido de asilo no Paraguai foram convocados a comparecer nos escritórios da Conare (a Comissão Nacional de Apátridas e Refugiados) paraguaia na manhã de quinta-feira. Lá chegando, receberam a notícia de que seus pedidos de asilo tinham sido negados e foram presos em seguida.
Para Eustáquio, trata-se de uma violação do direito internacional. “Saíram correndo com a Rieny, não deixaram ela nem parar para fazer um lanche. Em três horas ela estava no Brasil”, diz ele.
Fonte: Estadão
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