HU-Univasf promove curso sobre etapas da doação de órgãos nesta quarta-feira (18)

Cidades Petrolina

Com palestrantes do hospital e de instituições parceiras, evento busca ampliar conscientização em torno do tema.

Em alusão ao recém-celebrado Setembro Verde, campanha dedicada à conscientização sobre doação de órgãos, será realizado, na próxima quarta-feira, 18, no Hospital Universitário da Univasf (HU-Univasf/Ebserh), o curso ‘O caminho para a vida: do diagnóstico à doação’, organizado pelo Comitê de Transplantes e Captação de Órgãos do HU, em conjunto com a Organização de Procura de Órgãos (OPO) de Petrolina.

Com transmissão online gratuita para todos os interessados no tema, o curso contará com conhecimentos compartilhados pelos palestrantes Pedro Diniz, chefe da Divisão Médica do HU-Univasf, Gerlene Grudka Lira, docente assistente da Universidade de Pernambuco (UPE), e Janaína Correia Walfredo Carvalho, enfermeira assistencial da OPO Petrolina.

Na condição de doadores ou receptores, 14.182 pessoas receberam transplantes de órgãos, tecidos e medula óssea no Brasil neste ano. Na cidade de Petrolina, houve dez doações de órgãos múltiplos entre janeiro e agosto de 2023. Do total de órgãos e tecidos, entre coração, rins e fígado, nove doações ocorreram no HU-Univasf, totalizando em média 23 órgãos sólidos viáveis para transplante.

Apesar de ser um importante centro de captação de órgãos, Petrolina não realiza transplantes. “Funcionamos apenas como centro captador, no qual os órgãos são captados e encaminhados para Recife ou outros estados, respeitando o tempo de isquemia de cada órgão, isso caso não haja receptores compatíveis em Pernambuco”, explica Janaína Carvalho, enfermeira da Organização de Procura de Órgãos (OPO) de Petrolina, entidade parceira do HU-Univasf.

MORTE ENCEFÁLICA

Existem dois tipos de doador de órgãos: o doador em vida e o doador após ser diagnosticado com morte encefálica. Conforme a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a morte encefálica é definida como “morte baseada na ausência de todas as funções neurológicas”, ou seja, é permanente e irreversível. Após ser diagnosticada com morte encefálica a pessoa não tem mais como “reviver” e, assim, possibilitando a doação.

De janeiro a junho deste ano, foram realizados 18 protocolos de morte encefálica no HU-Univasf e confirmado o diagnóstico em todos os casos. Desses, apenas 14 indivíduos eram potenciais doadores, sendo realizada entrevista visando à doação de órgãos. O Comitê de Transplante e Captação de Órgãos do HU-Univasf recebeu sete respostas positivas para doação e sete recusas de familiares. Entre as principais justificativas para negativa familiar, estavam: ausência de consenso, receio de demora na liberação do corpo e doador contrário à doação em vida.

SAIBA MAIS – Atualmente, Pernambuco tem 2.397 pacientes ativos em lista de espera por órgãos/tecidos, sendo: rim, 1.284; fígado, 98; coração, 8; pâncreas/rim, 17; e córnea, 990. Os dados são do mais recente relatório da ABTO.

ACOMPANHE ONLINE

O caminho para a vida: do diagnóstico à doação | 18/10/2023, a partir das 14h

Link de transmissão: https://bit.ly/vidadoacao.

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