O plenário da Assembleia Legislativa da Bahia foi palco nesta segunda-feira (23) da sessão especial que tratou sobre a economia do mar. O Estado possui a segunda maior baía do mundo (BTS) e a terceira maior do Brasil (Camamu), com 1.160 km de costa litorânea e suas atividades econômicas desempenham papel significativo no PIB (Produto Interno Bruto) baiano, movimentando aproximadamente R$80 bilhões anuais, e R$2 trilhões no Brasil.
Proponente da sessão especial, o deputado estadual Eduardo Salles apresentou o projeto de lei de sua autoria que cria a ‘Política Estadual de Incentivo à Economia do Mar como Estratégia de Desenvolvimento Socioeconômico da Bahia’.
“Queremos despertar nos formadores de opinião, empresários e autoridades o entendimento da grandiosidade e a potencialidade que temos hoje na Bahia. Acho que a aprovação dessa lei será um marco importante para o avanço desse tema em nosso Estado”, discursou o parlamentar.
O presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Menezes, também destacou a importância da economia do mar: “Dos 417 municípios baianos, 53 estão em áreas litorâneas e temos uma das mais belas baías do mundo. Precisamos cuidar muito bem desse tesouro azul”.
Indústria naval, transporte marítimo de cargas e passageiros, pesca, turismo náutico, mineração em águas profundas, extração de petróleo e gás e aquicultura são algumas das atividades que compõem a economia do mar, ou economia azul.
Eduardo Athayde, coordenador da Comissão Economia do Mar da Associação Comercial da Bahia e presidente da WWI no Brasil, ressaltou a importância de preparar a Bahia e Salvador, batizada em 2014 de capital da Amazônia Azul, para receber investimentos. “A economia do mar sempre esteve enraizada na cultura da Bahia. Investidores internacionais buscam oportunidades e precisamos nos preparar para esta nova perspectiva global. O mundo quer conhecer a capital da Amazônia Azul”, disse.
Ricardo Jacques, contra-almirante e secretário da Comissão Interministerial para Recursos do Mar em Brasília, elogiou o crescimento da economia do mar na Bahia, destacando a necessidade da criação de um Planejamento Espacial Marítimo “consolidando uma discussão entre o setor produtivo e setor ambiental para que as atividades possam ser desempenhadas com sustentabilidade e segurança, atraindo investidores para o Brasil”, afirmou.
O desenvolvimento sustentável das atividades marinhas também foi enfatizado pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Eduardo Sodré. “Devemos trabalhar juntos – o poder público, o setor empresarial e a sociedade civil – em prol da preservação do meio ambiente”, declarou o secretário.
A sessão especial contou com a participação de diversas entidades e representantes, incluindo os secretários estaduais ngelo Almeida (Desenvolvimento Econômico), representando o governador Jerônimo Rodrigues, Eduardo Sodré (Meio Ambiente) e Claudio Peixoto (Planejamento), a secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, Mila Paes, o vereador Téo Senna, os presidentes da FIEB, Carlos Henrique Passos, da FECOMÉRCIO, Kelsor Fernandes, e da Associação Comercial da Bahia, Paulo Cavalcanti, do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Joaci Góes, da Associação Náutica da Bahia, Santiago Campo, o comandante do 2º Distrito Naval da Marinha, vice-almirante Antônio Cambra, o contra-almirante e secretário da Comissão Interministerial para Recursos do Mar em Brasília, Ricardo Ferreira, o coordenador da Comissão Economia do Mar da Associação Comercial da Bahia e presidente da WWI no Brasil, Eduardo Athayde, o CEO do consórcio da ponte Salvador-Itaparica, Claudio Vilas Boas, o promotor de Justiça Augusto César Carvalho, o velejador Aleixo Belov, IBAMA, INEMA e a Associação Baiana de Imprensa, assim como representantes de empresas privadas.
ASCOM – Deputado Estadual Eduardo Salles
Mais noticias, click aqui no Blog a notícia do vale