Engenheira elétrica explica processo de carregamento do aparelho e dá dicas sobre como otimizar o uso e a saúde do dispositivo.
Em um mundo cada vez mais conectado, o celular se tornou uma extensão indispensável da vida humana. Ele se estabeleceu como um importante aliado na melhoria e efetividade da comunicação em diversas áreas, incluindo as relações interpessoais, o trabalho e o lazer. Com a crescente utilidade desses dispositivos e a quantidade de tempo que passamos utilizando-os, surge um dos maiores desafios enfrentados pelos usuários: gerir de forma eficiente a vida útil da bateria. A falta de conhecimento sobre como preservar a saúde do dispositivo leva ao uso inadequado, contribuindo para um desgaste mais rápido.
“A vida útil da bateria do celular tem influência direta no seu processamento, uma vez que é dela que provém a energia necessária para o funcionamento e desempenho do aparelho. Assim, a eficiência e a durabilidade deste dispositivo estão intrinsecamente ligadas à quantidade de horas que o telefone permanece sem precisar ser recarregado. Portanto, é fundamental compreender como otimizar o uso da bateria”, explica Marília Alves, docente do curso de Engenharia Elétrica da UNINASAU Petrolina.
A engenheira destaca que é fundamental evitar submeter o celular a duas situações extremas consideradas críticas: descarregá-lo completamente e carregá-lo até 100%. “Tanto a descarga completa quanto a carga total causam um grande estresse na bateria, levando a um superaquecimento. Durante o carregamento, as reações químicas geram gases que, se não forem reabsorvidos, podem fazer com que a bateria inche. Essas condições prejudicam a bateria e diminuem sua vida útil. O ideal é manter o aparelho com carga entre 20% e 80%”, esclarece.
Se for preciso trocar a bateria ou o carregador, Marília recomenda buscar produtos autorizados pela marca do celular. “Embora sejam mais caros, esses produtos são confiáveis, pois são projetados especificamente para o aparelho, com dispositivos de segurança que controlam a corrente de energia para garantir que não exceda os limites adequados. Por outro lado, as réplicas não possuem esse controle e podem permitir um fluxo excessivo de cargas elétricas que o celular não é capaz de suportar, resultando em superaquecimento. Em casos extremos, essa situação pode até levar o celular a pegar fogo e causar incêndios. Portanto, é importante seguir as recomendações da marca ao substituir esses componentes”, alerta a professora.
A docente dá algumas dicas sobre como preservar a bateria do celular, além de carregá-lo corretamente. “Diminuir o brilho da tela, fechar os aplicativos que não estão em uso, ajustar o volume e utilizar o modo de economia de energia são medidas eficazes. Além disso, é essencial colocar o aparelho para carregar em um local arejado e protegido da exposição direta ao sol, evitando deixá-lo em ambientes abafados. Práticas simples que podem contribuir significativamente para prolongar a vida útil da bateria do celular”.
“É mais viável ensinar as pessoas a aprimorar o consumo da bateria dos celulares do que modificar o próprio dispositivo, considerando a complexidade e o custo envolvidos na manipulação. Com os devidos cuidados, é possível passar o dia todo utilizando o celular sem a necessidade de recarregá-lo, demonstrando a importância de preservar a vida útil da bateria. Além de economizar tempo e dinheiro, essa prática contribui para um uso mais sustentável e eficiente dos aparelhos eletrônicos” assegura a engenheira elétrica.
Uninassau
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