O presidente Lula (PT) disse nesta terça-feira (12) que mulher com formação não depende do pai para comprar calcinha ou batom, ao falar da independência financeira que traz uma profissão com qualificação.
A declaração foi dada durante discurso na cerimônia de anúncio da construção de 100 novos campi de institutos federais no país, no Palácio do Planalto. Segundo o governo, a iniciativa abrirá 140 mil vagas em todas as unidades da federação.
“Quando uma mulher tem profissão, ela tem salário e ela pode custear a vida dela, ela não vai viver com nenhum homem que não goste dela. Ela não vai viver com necessidade, não vai viver por dependência. Vai viver a vida dela, morar com alguém, se gostar desse alguém. Vai ter a opção dela, ela vai escolher”, disse o petista.
“Ela não vai ficar dependente ‘ah eu preciso do meu pai me dar 5 reais para comprar batom’, ‘preciso do meu pai me dar 10 reais para comprar uma calcinha’, ‘preciso não sei das quantas para comprar tal coisa’”, continuou.
Ele concluiu afirmando ser importante que as mulheres estudem e tenham uma profissão, ressaltando a inexistência de inferioridade em relação aos homens.
Em seu discurso, Lula ressaltou a importância da formação técnica, sobretudo para as mulheres. O chefe do Executivo disse que, muitas vezes, uma mulher continua numa relação violenta por não ter condições financeiras de sair dela, especialmente se tiver filhos.
O presidente disse que ter uma profissão garante maior liberdade à mulher. “A coisa mais importante na educação é que a mulher tendo uma profissão ela vai ter espaço de disputar trabalho no mercado de trabalho, fora de casa. Porque mulher não nasceu só para fazer trabalho doméstico. A mulher nasceu para fazer o que ela quiser fazer, e trabalhar fora de casa é uma oportunidade”, disse.
O mandatário lembrou de quando era presidente de sindicato em São Bernardo do Campo, cidade da região metropolitana de São Paulo —segundo ele, via muitas mulheres na linha de produção, e questionava sobre o porquê delas preferirem esse ofício ao trabalho doméstico.
Uma trabalhadora, então, explicou a ele a importância de ingressar no mercado de trabalho, sair de casa, pegar ônibus, conversar com colegas. “Ou seja, tem mais liberdade”, afirmou.
Folhapress/Foto: José Cruz/Agência Brasil
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