A janela partidária, que é o prazo estipulado pela Justiça Eleitoral para os vereadores que pretendem concorrer à reeleição troquem de partido, se fecha neste sábado (6). Em Salvador, as movimentações seguem intensas, sobretudo na base do prefeito Bruno Reis (União), que articula pessoalmente a montagem das chapas proporcionais das siglas aliadas.
Novas articulações avançaram nesta quinta-feira (4). Como já havia antecipado o Política Livre , embora negado pelo edil, Alberto Braga deve mesmo sair do Republicanos e desembarcar no União Brasil.
Apesar de a ideia não agradar os atuais vereadores e suplentes do União Brasil, por conta da concorrência, Bruno Reis deve respaldar a troca. Nesta quinta, nomes da sigla ameaçaram fazer uma rebelião e deixar o partido, inclusive os vereadores Palhinha e Cátia Rodrigues, além dos suplentes Beca, Pedro Godinho e Binho de Ganso. O protesto foi feito junto ao presidente municipal da legenda, deputado estadual Luciano Simões, mas parece não ter sensibilizado o Palácio Thomé de Souza.
Já o atual diretor de Esportes da Prefeitura, ex-vereador Felipe Lucas, suplente do União Brasil e pré-candidato ao Legislativo este ano, estaria de malas prontas para se mudar para o Republicanos, também por intermédio de Bruno Reis.
Outra articulação envolve o possível desembarque da vereadora Cris Correia, presidente do PSDB de Salvador, no PDT, o que viabilizaria a entrada do vereador Sidninho, que deixou o Podemos, ao ninho tucano. Isso porque o vereador Téo Senna reluta em fazer este movimento.
Quem também pode desembarcar no PDT é a vereadora Roberta Caíres (PP), além de Leandro Guerrilha (PP) e Débora Santana (Avante), estes dois últimos já especulados na casa pedetista há algum tempo.
No Palácio Thomé de Souza, é dada como certa a manutenção do vereador Isnard Araújo no PL. Naufragou, há algumas semanas, o movimento do edil de assumir a presidência municipal do PRD. Ele, no entanto, ainda mantém conversas com o PP. Quem também deve permanecer no PL, a contragosto, pois se sente com a reeleição ameaçada e tem desacordos com o presidente da legenda no Estado, João Roma, é o vereador Alexandre Aleluia.
Da base da Prefeitura, já definiram os destinos partidários os vereadores Toinho Carolino (do Podemos para o DC), Átila do Congo (do PRD para o PMB), Fábio Souza (do Solidariedade para o PRD), Marcelo Maia (do PMN para o DC), Ricardo Almeida (do Podemos para o DC) e Sabá (do PP para o DC).
Atualmente, Bruno Reis tem uma base com 32 vereadores, incluindo André Fraga e Alfredo Mangueira (MDB), que estão em siglas da base do governador Jerônimo Rodrigues. O prefeito planeja ampliar esse número para 35 em outubro.
Além do União Brasil, o prefeito já tem o apoio dos seguintes partidos, onde articula a distribuição dos candidatos a vereador: PSDB/Cidadania (formam uma federação), PP, Republicanos, PDT, DC, PRD, PMD. O PL, que vai marchar com Bruno Reis, ainda não formalizou a aliança. O chefe do Executivo municipal também articula para ter o Novo como aliado na disputa eleitoral.
Política Livre/Foto: Antonio Queirós/CMS