Abril Lilás: SBU-BA apoia campanha de conscientização sobre o câncer de testículo

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A chegada do mês de abril traz a campanha do Abril Lilás, que promove a conscientização sobre o câncer de testículo. Apesar de raro, esse tipo de câncer tem sua maior incidência entre homens com idade entre 15 e 35 anos. Por conta disso, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU-BA) está apoiando uma campanha da SBU Nacional, que tem divulgado informações sobre os sinais e sintomas para um diagnóstico precoce e tratamento eficaz.

Conforme o urologista e presidente da SBU-BA, Dr. Humberto Ferraz, ao longo do mês de abril, a SBU Nacional estará promovendo lives e programação científica abordando o tema.

“Todas essas ações têm como conscientizar a população mundial sobre os cuidados de prevenção da segunda doença que mais mata pessoas em todo o mundo: o câncer. Embora seja um câncer incomum, o câncer de testículo é dramático justamente por acometer o homem jovem e, quando diagnosticado cedo, tem taxas de cura tão elevadas. A conscientização é essencial”, explica.

Sinais e sintomas

Entre os principais sinais e sintomas de alerta para a condição, estão a presença de caroço ou inchaço em um dos testículos, mesmo sem dor, alterações na textura dos testículos, desconforto na parte baixa da barriga ou costas, além de fraqueza, tosse e falta de ar.

“É essencial que os homens estejam atentos a esses sinais e, caso os identifiquem, procurem imediatamente um médico. O diagnóstico precoce é fundamental”, aponta o urologista.

Ainda segundo o especialista, o autoexame é uma maneira simples e eficaz para detecção de possíveis alterações nos testículos. Ele deve ser realizado em pé, durante o banho, ou em frente ao espelho, apalpando os testículos, comparando um lado e outro e verificando se há diferenças, sobretudo algum nódulo endurecido, alteração de tamanho entre eles, dor no abdômen, na virilha ou no escroto. “É algo que deve ser incentivado e orientado desde cedo. E, em caso de dúvidas, o urologista deve ser procurado”.

Fatores de risco

Entre os fatores de risco para a condição, se destacam o histórico familiar da doença, algumas alterações genéticas, casos de homens que receberam radiação por tratamento ou por ocupação, além de criptorquidia, casos em que o testículo está ausente na bolsa ou que precisou ser descido com cirurgia.

Números tendem a crescer

De acordo com dados do Atlas de Mortalidade do Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 3.700 homens morreram no Brasil entre 2012 e 2021 devido à doença. Nos últimos cinco anos, foram realizadas mais de 25 mil cirurgias para retirada de um ou ambos os testículos, segundo o Ministério da Saúde.

Um estudo publicado na revista científica BMC Urology aponta que o Brasil apresenta tendência a crescimento das taxas de mortes provocadas pelo câncer de testículo. Os pesquisadores analisaram as taxas de óbitos em razão da doença de 2001 a 2015 e calcularam as estimativas de mortalidade por um período de 15 anos (2016 a 2030). Os resultados indicam que haverá um aumento de 26,6% no número de óbitos de 2026 a 2030, quando comparado com o período de 2011 a 2015.

Assessoria de Imprensa/Maria del Carmen González Azevêdo – DTR 3335

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