A economia brasileira avançou 1,4% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os três meses iniciais de 2024.
É o que apontam os dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta terça-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O mercado financeiro esperava crescimento de 0,9%, de acordo com a mediana das projeções de analistas consultados pela agência Bloomberg.
O resultado do segundo trimestre ocorreu em meio a um contexto de ganhos de renda com o mercado de trabalho aquecido e transferências governamentais. O cenário, dizem analistas, estimulou o consumo de bens e serviços.
A expectativa do mercado financeiro para o PIB no acumulado deste ano é de avanço de 2,46%, conforme a mediana da edição mais recente do boletim Focus, divulgada pelo BC (Banco Central) na segunda (2). Ao final de 2023, a previsão para 2024 era menor, de 1,52%.
Outro fator que marcou o segundo trimestre deste ano foi o registro de enchentes de proporções históricas no Rio Grande do Sul. A catástrofe destruiu moradias, lojas, fábricas e propriedades rurais.
Em um primeiro momento, o caso levou a uma onda de projeções pessimistas para a atividade econômica no segundo trimestre. Essa leitura, contudo, passou a mudar a partir da divulgação de dados econômicos do estado.
Com o passar dos meses, analistas passaram a ver sinais de recuperação mais rápida e impactos menos negativos do que os previstos inicialmente.
Parte dos economistas ainda se questiona sobre a sustentabilidade do ritmo de crescimento do PIB com o impulso do aumento da renda via mercado de trabalho e transferências governamentais. A incerteza fiscal segue como um ponto de atenção.
Leonardo Vieceli e Eduardo Cucolo/Folhapress/Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Arquivo