Centro para a Amazônia tratado por Lula e Macron iniciará trabalhos nesta sexta (20)

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O Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica, dedicado a pesquisas sobre biodiversidade na Amazônia brasileira e na Amazônia francesa, iniciará seus trabalhos nesta sexta-feira (20).

O projeto é um dos frutos da visita ao país feita pelo presidente Emmanuel Macron em março deste ano, além de um símbolo do alinhamento entre Brasil e França. Lançado inicialmente em 2008, o centro teve sua retomada acertada entre Macron e Lula (PT) durante a passagem do francês por Brasília.

A França já investiu 700 mil euros (cerca de R$ 4,2 milhões) no projeto. A ideia é que, a longo prazo, uma rede de excelência entre universidades, institutos e outras iniciativas seja viabilizada por meio do centro.

Além da biodiversidade, os trabalhos dos pesquisadores deverão se debruçar sobre temas como saúde, mudanças climáticas, sustentabilidade e bioeconomia.

O centro não terá uma sede física e será organizado de forma virtual. Dois órgãos comandarão a iniciativa, um conselho binacional e um conselho científico, ambos integrados por um número paritário de brasileiros e franceses.

O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Henrique Pereira, e o diretor científico do Instituto Francês de Pesquisa e Desenvolvimento (IRD), Gilles Kleitz, atuarão como codiretores da instituição.

Além da estreia do centro, serão assinados quatro acordos de cooperação entre Brasil e França em Manaus, cidade que sedia nesta semana as reuniões do grupo de trabalho do G20 sobre pesquisa e inovação.

São previstas ações conjuntas entre os dois países pelos próximos três anos, lideradas pela Comissão Estratégica Mista Brasil-França de Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação. Cerca de 6 milhões de euros (ou R$ 36,2 milhões) serão disponibilizados para temas identificados como prioritários.

A comissão é considerada, pela França, uma ferramenta de trabalho voltada exclusivamente a parceiros que tenham relevância no campo científico. Do lado francês, os projetos serão acompanhados pelo Ministério do Ensino Superior e da Pesquisa e pelo Ministério da Europa e das Relações Exteriores. Do lado brasileiro, a missão ficará a cargo dos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Mônica Bergamo/Folhapress/Foto: Fábio Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil

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