O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, em entrevista coletiva neste domingo (27), em Camaçari, demonstrou confiança na vitória de Flávio Matos (União Brasil) na disputa pela Prefeitura.
Neto destacou as dificuldades enfrentadas pela campanha, que, segundo ele, foram além de uma disputa eleitoral convencional.
“Tivemos que disputar contra o candidato adversário. Nós tivemos que disputar contra um sistema, contra a máquina do governo do Estado, contra a operação policial realizada pelos nossos adversários e tivemos que disputar também contra as facções criminosas, contra o crime organizado. Mas o povo de Camaçari está demonstrando nesse domingo que é livre, que acredita no seu próprio futuro”, afirmou Neto.
O ex-prefeito de Salvador projetou a vitória de Flávio Matos: “Só há um nome de Camaçari, que é o seu povo, e eu tenho certeza que, ao fim desse dia, nós vamos estar comemorando a vitória de Flávio Matos 44. Flávio será um grande prefeito para Camaçari.”
Neto criticou o ambiente de violência e intimidação que, segundo ele, marcou a eleição. Ele relatou episódios graves, como uma abordagem policial no escritório de Flávio Matos e a invasão ao espaço político de um apoiador do candidato. “Será que é razoável uma senhora ser abordada na rua e, por estar usando uma camisa azul, ser obrigada a tirá-la e ficar de sutiã? Será que é razoável um candidato ser impedido de entrar em certas localidades porque o chefe do tráfico decide quem entra e quem não entra?”
O político também mencionou o impacto das facções criminosas na campanha. “Quem não entrou foi Flávio Matos. Nosso adversário entrou. Na véspera da eleição, o espaço político de um apoiador de Flávio foi invadido por homens armados. Toda a imprensa mostrou as imagens, não estou inventando nada”, declarou.
Neto ainda pediu atenção às autoridades para evitar que situações semelhantes se repitam nas próximas eleições. “Eu espero que o Ministério Público Eleitoral e as autoridades fiquem atentos. O que vivemos aqui em Camaçari é preocupante. […] Em 2024, a situação chegou a um nível alarmante, e precisamos evitar isso nas próximas disputas”.
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