O turismo das águas foi um dos temas discutidos durante a terceira edição do Congresso Náutico da Bahia, realizado na quinta-feira (07), no Hotel Mercure Rio Vermelho, com apoio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA) e público formado por 250 empresários e entusiastas do segmento. A mesa de abertura do evento, sobre estratégias para o desenvolvimento do setor, contou com a participação do titular da Setur-BA, Maurício Bacelar.
“A Bahia possui a maior faixa litorânea do Brasil, com 1,2 mil quilômetros de praias, e a segunda maior baía navegável do mundo, que é a nossa Baía de Todos-os-Santos (BTS). Todo esse potencial precisa receber investimentos dos setores público e privado, visando o turismo sustentável e o desenvolvimento socioeconômico da população local”, destacou Bacelar.
A BTS, que, na última semana, completou 523 anos de batismo, é elogiada por grandes atletas, como Lars Grael, campeão mundial de vela, por sua vocação para os esportes do mar. A região recebeu investimentos de 70 milhões de dólares do Governo da Bahia, por meio da Setur-BA, com a recuperação e implantação de infraestrutura náutica para estimular atividades turísticas, esportivas e culturais.
O secretário explanou sobre a atuação da Setur-BA para promoção do destino Bahia, nos âmbitos regional, nacional e internacional, com destaque para a náutica e a atração de visitantes com alto poder aquisitivo, contribuindo para o aumento da receita turística do estado. O órgão também tem apoiado eventos e competições do segmento.
“No congresso, debatemos propostas para o setor náutico e o apoio do Governo do Estado, por meio da Setur-BA, é essencial para ampliar as discussões sobre a economia do mar. Estudos comprovam que investimentos públicos nesta área geram retorno imediato, especialmente pela movimentação no turismo”, disse o CEO da Barco Show Eventos e organizador do congresso, Hugo Leonardo.
De acordo com o vice-almirante Antonio Carlos Cambra, a náutica movimenta 20% do PIB do país e cerca de R$ 80 bilhões na Bahia. “As pessoas não imaginam a quantidade de empregos, diretos e indiretos, gerados a partir de um barco, pois, além dos marinheiros, há toda uma indústria de reparos de motor, fibra e madeira. A Marinha tem o papel de contribuir com o desenvolvimento e fomento do turismo, esporte e recreio nas nossas águas”, explicou o comandante do 2º Distrito Naval.
Foto: Daniel Meira/Setur