O ministro da Defesa, José Mucio, diz que a operação da Polícia Federal (PF) que prendeu nesta terça (19) quatro militares e um policial federal suspeitos de planejar o assassinato de autoridades em 2022 para dar um golpe no país pode mostrar que os crimes eram cometidos por “um grupo isolado”, e não pelas corporações militares.
Entre os alvos estavam Lula (PT), que acabara de ser eleito presidente, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Eu desejo que tudo seja esclarecido para tirar de cima das Forças Armadas a névoa da suspeição”, afirma o ministro.
“Os fatos até agora mostram que foram atitudes isoladas que não têm relação com as Forças. Desejo que todos os que tiveram participação sejam responsabilizados por seus atos e presos”, segue ele.
“Será uma oportunidade de tirar a suspeição do CNPJ e estabelecer a responsabilidade do CPF”, diz Mucio, referindo-se ao registro de pessoas físicas.
A Polícia Federal cumpriu mandados nesta terça-feira (19) contra suspeitos de integrarem uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado em 2022 para tentar impedir a posse do presidente Lula.
Foram presos quatro militares e um policial federal. Segundo as investigações, eles conversavam em 2022 em um aplicativo de mensagens sobre um plano para matar Lula, Alckmin e Moraes, ministro que autorizou a operação nesta terça.
Mônica Bergamo, Folhapress/Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo