Da esquerda para direita: Deborah Cristiana Menezes, secretária da SEMA-SE; Marcela Lima, diretor-presidente da Embasa; Jayme de Souza Vieira, diretor-presidente da CERB; Larissa Gomes Moraes, secretária da SIHS; e Eduardo Mendonça Sodré Martins, secretário da SEMA-BA (Foto: Tiago Júnior – SEMA @tiagojotaerre)
O primeiro dia do III Encontro dos Comitês de Bacias Hidrográficas Baianos e do Encontro de Comitês de Bacias Hidrográficas de Alagoas, Bahia e Sergipe (ECOBA/ALBASE), realizado nesta quinta-feira (21), foi um sucesso. O evento contou com a presença de representantes dos comitês dos três estados, autoridades como o secretário estadual de Meio Ambiente (SEMA), Eduardo Sodré, a diretora-geral do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), além de representantes da Agência Nacional de Águas (ANA) e dos Comitês de Bacias.
“O evento tem grande importância ao unir Alagoas, Bahia e Sergipe por meio da troca de experiências e tecnologias, mostrando como a participação social é fundamental na gestão hídrica desses estados. Os comitês de bacia desempenham um papel crucial, seja pela presença de usuários, da sociedade civil ou do poder público, na implementação de políticas públicas”, afirmou o secretário estadual de Meio Ambiente, Eduardo Mendonça Sodré Martins.
“Nosso principal objetivo é a preservação e a garantia do acesso aos recursos hídricos para toda a população desses estados. Queremos assegurar os direitos de povos e comunidades tradicionais, oferecer à população rural condições para a prática da agricultura familiar de subsistência e, claro, possibilitar ao agronegócio o uso de irrigação em suas propriedades”, completou.
O evento realizado pelo Governo do Estado da Bahia e dos Fóruns de Comitês de Bacias Hidrográficas de Alagoas, Bahia e Sergipe, teve início às 10h, com a Palestra Magna “Águas que unem, terra que prospera”, mediada pela professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Edvalda Aroucha.
“A importância do ECOBA, principalmente nessa conjuntura nacional em que discutimos a resiliência climática, torna-se fundamental por abordar diversos temas que não apenas são técnicos e científicos, mas também humanitários. Todos esses são essenciais para a construção de propostas de políticas públicas”, pontua Edvalda.
“Precisamos elaborar políticas voltadas para as emergências climáticas. Um evento como este possibilita a reunião de pessoas de diferentes saberes e de diversos povos. É exatamente essa junção de conhecimentos e culturas que pode resultar em propostas mais efetivas, alinhadas com os objetivos deste governo, da SEMA, do ECOBA, dos comitês e de todas as instâncias — tanto governamentais quanto de controle social”, acrescenta.
O segundo momento do dia aconteceu no início da tarde, às 13h30, com a mesa-redonda que abordou a temática “Rio que faz a vida: Água, cultura e território”. A discussão foi mediada pela professora da Uneb e coordenadora do Programa de Educação Ambiental do Programa Arboretum, Ana Odália Vieira Sena, e contou com os palestrantes Valdeci Teixeira Barbosa, conselheira estadual da APA Bacia do Cobre/Parque São Bartolomeu; o cacique Uilton Tuxá, secretário em exercício da Secretaria Nacional de Articulação e Promoção dos Direitos Indígenas (SEART), do Ministério dos Povos Indígenas (MPI); e Claúdio Pereira da Silva, membro titular da Câmara Técnica de Povos e Comunidades Tradicionais da bacia hidrográfica do Rio São Francisco.
“A importância de um evento como esse, está no fato de que esse encontro oferece uma oportunidade para que as comunidades tradicionais utilizem esses espaços para expor quais são suas principais funções em relação à questão ambiental, à gestão hídrica, à preservação do meio ambiente e ao enfrentamento do aquecimento global. Ele também evidencia como essas comunidades podem influenciar de forma significativa e positiva para minimizar os impactos ambientais. Então, ficamos felizes em ser convidados para destacar a relevância dessas comunidades e demonstrar o que elas podem fazer em benefício da humanidade”, expressa Cláudio.
Encerrando o ciclo de palestras do dia, ocorreu mais uma mesa-redonda com o tema “Indústria, transição energética e transformação ecológica”, mediada por Cleópatra Soares da Silva, vice-presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Litoral Norte de Alagoas. Os palestrantes foram Ney Maron de Freitas, sócio-fundador da Maron Consultoria, empresa de estratégia e gestão de projetos de sustentabilidade; Juliana Mattos Rocha, coordenadora técnica de mudanças climáticas na Diretoria de Programas e Projetos (DIPRO); e Gustavo Carvalho, ex-diretor técnico do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) e superintendente em Gestão de Recursos Hídricos da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas.
Ao final da programação, aconteceu a abertura solene do evento, com a presença de todas as autoridades convidadas, entre representantes dos comitês, do governo do Estado da Bahia e convidados especiais, seguido de um coquetel de boas-vindas.
Por Natália Mayrink de Souza
Assessora de Imprensa Comitês Estaduais das Bacias Hidrográficas da Bahia (@baciasdabahia)