A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), por meio da 6ª Superintendência Regional (SR) em Juazeiro (BA), foi uma das instituições participantes da oficina para elaboração do Plano de Manejo e Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul, uma das aves mais ameaçadas de extinção do mundo e nativa do Nordeste brasileiro. O evento foi promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Conselho das Unidades de Conservação da Espécie, na cidade baiana. A 6ª SR foi representada por André Lima Knifis, analista em Desenvolvimento Regional e membro do referido Conselho. A oficina aconteceu no final do mês de novembro.
A oficina reuniu uma equipe interdisciplinar formada por técnicos da área e outras pessoas que conhecem bem a Unidade de Conservação e a região onde ela está inserida, contribuindo com suas experiências e informações relevantes, a fim de colaborar com a construção do plano de manejo. “A Oficina possibilitou a interação de diferentes setores da sociedade. A Codevasf, como representante do setor púbico, pôde interagir com representantes de comunidades tradicionais de fundo de pasto em prol do sucesso da reintrodução da espécie, enaltecendo a preocupação com a sustentabilidade no âmbito do seu papel de promoção do desenvolvimento regional”, explicou Knifis.
O plano serve como referência fundamental para as decisões de manejo e planejamento em Unidades de Conservação (UC) do sistema federal, descrevendo a sua missão ao identificar o propósito, a sua significância, os seus recursos e os valores fundamentais, além de também definir o zoneamento e as normas pertinentes, avaliando as necessidades de planejamento bem como identificação de atos legais, administrativos ou regras específicas previamente existentes.
A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) originalmente ocorria em uma pequena porção da caatinga, entre os estados da Bahia e de Pernambuco, próximo às margens do Rio São Francisco. A destruição de seu habitat e o tráfico de animais silvestres foram os principais motivos para o seu quase desaparecimento. Atualmente, a ave é classificada como uma espécie criticamente em perigo.
Foto: ACTP