Otto Filho explica voto contrário à urgência do corte de gastos: “não foi contra o governo”; entenda

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O deputado federal Otto Filho (PSD) disse nesta sexta-feira (6) ao Política Livre que o voto contrário ao requerimento de urgência para um dos projetos do pacote de corte de gastos do governo Lula não se estenderá ao mérito da matéria.

Na votação da última quarta (4), Otto Filho se opôs à urgência do PL 4614/24, que busca ajustar as despesas ligadas ao salário mínimo aos limites do arcabouço fiscal, de modo que ele continuaria a ter um ganho acima da inflação, mas limitado a um intervalo entre 0,6% e 2,5%. No total, o requerimento recebeu 267 votos favoráveis, 156 contrários e teve a obstrução de 37 parlamentares.

“Nós somos a favor do projeto, agora a gente estava querendo discutir alguns itens que, na minha opinião e na opinião do PSD, são importantes a mudança. Mas no geral, não foi uma votação contra o governo, alguém que não entende de política pode achar que é isso, mas na verdade não é não. A gente achava que o projeto deveria ter uma melhor discussão e foi por isso que alguns, como eu, que achava realmente que a gente precisava de mudanças no projeto, eu acho que o projeto não está redondo, a gente votou pelo não requerimento de urgência”, afirmou.

Questionado se considera que agora, depois de aprovada a urgência, a discussão ficará comprometida, o pessedista disse que os reparos serão feitos através de destaques e garantiu voto favorável ao texto base.

“A gente votou pelo não requerimento de urgência, justamente para discutir melhor o projeto, só que agora o requerimento de urgência passou. Então, é aquele tal negócio, pelo bem do Brasil nós vamos votar a favor do texto base, é a minha opinião, e discutir através de destaques e emendas, é o que há de fazer”.

Assim como ele, Diego Coronel (PSD), filho do senador Angelo Coronel (PSD), também remou na contramão do Planalto, ao votar contra a urgência do PLP 210/24, que autoriza o governo a limitar a utilização de créditos tributários em caso de déficit nas contas públicas, para aperfeiçoar o arcabouço fiscal. A urgência deste texto teve 260 votos a favor, 98 contra, 2 abstenções e 71 deputados optaram pela obstrução.

Com os dois textos, a equipe econômica estima cortar R$ 70 bilhões em gastos.

Política Livre/Foto: Política Livre

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