Osório voltará presidir a Câmara Municipal de Petrolina

Cidades Petrolina

Foto: YouTube/reprodução

Numa eleição marcada por discursos sobre alternância de poder e traições políticas, o vereador Osório Siqueira (PDT) voltará a conduzir os destinos da Câmara Municipal de Petrolina para o biênio 2025-26. A definição, em sessão solene realizada na noite de ontem (1) na Fundação Nilo Coelho, aconteceu em meio a uma reviravolta surpreendente, uma vez que o então presidente Aero Cruz (PDT) era tido como certo para ser reconduzido ao cargo pela terceira vez.

O início dessa virada começou quando Osório – que assim como Aero, também integra a bancada governista – anunciou ter sido convocado por um grupo de colegas para que encabeçasse uma chapa, tendo Gilberto Melo (UB) na vice. No grupo faziam parte também vereadores da oposição, a exemplo do Professor Gilmar Santos (PT), Dhiego Serra (PL) e Gabriel Menezes (PSD).

Líder da base na Casa, o vereador Diogo Hoffmann (UB) pediu que a sessão fosse paralisada por 20 minutos, para que pudesse deliberar com seus pares. A decisão chegou a ser contestada por Osório e os demais da chapa, sob a alegação de contrariar o Regimento Interno. Mas Manoel da Acosap (UB), que presidia a sessão solene por ter sido o vereador mais votado nas eleições de outubro passado, ignorou a justificativa.

Após a retomada da sessão, e diante do clima adverso, Aero anunciou a decisão de retirar sua chapa, ficando apenas a de Osório, que obteve 12 dos 23 votos dos vereadores. A votação teve 11 abstenções, justamente daqueles que haviam se comprometido com a reeleição de Aero – além dele próprio.

Discursos

Ao discursar, o novo presidente reconheceu o legado deixado por Aero nos dois mandatos à frente do Poder Legislativo. No entanto, afirmou que trabalhará pautado pelo diálogo na Casa, deixando a entender que faltou isso na gestão de Aero.

Chamaram atenção também as falas de Manoel da Acosap e de Ronaldo Cancão (Republicanos), os quais lamentaram que os colegas que haviam firmado o compromisso de votar em Aero “não honraram com a palavra”. Agora ex-presidente da Casa, Aero fez um breve discurso ao afirmar que está encerrando apenas seu ciclo como presidente, mas não o compromisso que os petrolinenses lhe outorgaram nas urnas.

Dizendo estar consciente do dever cumprido, Aero destacou o trabalho que fez da Câmara de Petrolina “uma referência para o país”. Ele também agradeceu aos servidores da Casa, ao seu grupo político liderado pelo ex-prefeito Miguel Coelho (UB) e aos 11 vereadores que apoiaram sua reeleição. Mas também não deixou de alfinetar “os traidores” que não honraram com seu compromisso em apoiá-lo. “Com dizia minha mãe, da traição até Jesus rodou”, desabafou. O final da sessão ainda teve uma pequena polêmica, quando Manoel da Acosap foi cobrado por Osório a declarar oficialmente que ele estava empossado para o biênio 2025-26.

Foto: Nilzete Brito/Ascom CMP

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