Comunicação sanfraciscana perde Dona Inah Torres, a Dama do Rádio

Cidades Petrolina

A comunicação de Petrolina e do Vale do São Francisco perdeu nesta quinta-feira (2) uma de suas figuras mais carismáticas. Morreu aos 91 anos a colunista social e radialista Inah Torres de Moura, que ficou carinhosamente conhecida por “Dona Inah”.

Segundo informações ela estava internada no Hospital Unimed desde o último domingo (29 de dezembro).

Nascida em Caruaru (PE), Agreste Central, Dona Inah veio para Petrolina no início da década de 70, já com a comunicação em suas veias. Na Capital do São Francisco ela alcançou tudo o que quis fazer em sua área. Foi pioneira no colunismo social com o Programa ‘Em Sociedade’, da Grande Rio AM, na década de 80. Passou também pela Grande Rio FM e escreveu para O Pharol (de Petrolina), Jornal do Comércio e Diário de Pernambuco (ambos do Recife). Foi também a fundadora da Revista ‘Com Você’, que editou por 20 anos.

Por essa carreira Dona Inah recebeu o reconhecimento da Câmara de Vereadores de Petrolina, que lhe concedeu a Medalha de Honra ao Mérito Dom Malan – entre outras homenagens.

Dona Inah teve quatro filhos: Ielson, Ilson (in memoriam), Norma e Nélia – além de netos e bisnetos. O grande amor de sua vida foi Nelson Moura, carnavalesco bastante conhecido em Petrolina, com quem foi casada por 50 anos. Nelson faleceu há alguns anos.

O velório da colunista social e radialista Dona Inah Torres está marcado para começar a partir das 8h na Capela São José, localizada no bairro de mesmo nome (também conhecido por Alto Cheiroso). Às 14h acontecerá uma missa de corpo presente. O sepultamento será realizado no cemitério do SAF, às 15h.

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Mauriçola rende homenagem a Dona Inha: “Torres de muitas catedrais”

Autor do hino de Petrolina, o compositor Maurício Dias Cordeiro (Mauriçola) também fez questão de prestar sua homenagem a Dona Inah Torres.

Confiram:

Eu poderia escrever aqui uma “Odisseia”? Será que a Petrolina de hoje iria perceber?  Entre louvores ao poder da política, a cidade que se ergue – desde Luiz Fernando, Simão Durando, Seu Joãozinho do Farol…não irei no “remake” de um tempo oco, que produziu riqueza sem sentimento, sem beleza humana…uma anti-estética, anatomia de arquétipo, sem Cosme Cavalcanti, Carlinhos Nascimento. Não há “terra dos impossíveis” nem “encruzilhada do progresso”.

Petrolina, é a cidade rainha, construção de um tempo mais novo. Te reconheço em Celestino Gomes e tanta gente que não caberia aqui. Em uma mulher de tamanha cultura como Marta Luz…

Augusto Coelho e Fernando Bezerra. Os meus maiores no poder político e não preciso falar de novos ricos baseados em “Old Parr”, Hilux, e lanchas na Marina do iate… 

Traduzo Petrolina nas pedras da sua catedral, duas torres…uma delas, essa figura de tamanha beleza, “demasiadamente humana”, Dona Inah!!! Torres de muitas catedrais.

Maurício Dias Cordeiro/Compositor, autor do hino oficial do centenário de Petrolina

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