Presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) diz que a cobrança feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião ministerial desta segunda-feira (20) aos partidos que fazem parte do governo, para que apoiem sua reeleição em 2026, não se aplica à legenda. Isso apesar de o ministro do Esporte, André Fufuca, ser filiado à sigla.
“Para nós isso não tem efeito. Não participamos de indicação, não tem nada partidário”, diz.
Segundo ele, a presença de Fufuca no alto escalão é uma decisão individual do ministro, sem respaldo partidário. “A grande maioria do partido continua querendo ser oposição”, afirma o presidente da legenda.
O mesmo cenário se repetirá, diz Nogueira, caso o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), outro quadro do partido, seja contemplado na iminente reforma ministerial.
“O Arthur sabe que eu sou contra [ele ir para o ministério]. Não é fazendo uma reforminha que esse governo vai mudar. Esse governo tem de virar a chave, em vez de só olhar para trás”, declara Nogueira, que foi ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL).
Recentemente, o senador disse que estava adotando uma postura mais de centro no espectro político, o que gerou especulações sobre uma possível reaproximação com Lula, a quem já apoiou no passado.
Nogueira nega a possibilidade. “Só vou encontrar o presidente Lula no dia que ele deixar o palácio”.
Fábio Zanini/Folhapress/Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/Arquivo