Projeto “Agenda 2030 no Semiárido baiano é tema de encontro

Cidades Juazeiro

Com o objetivo de monitorar a execução das ações e planejar as próximas etapas para 2025 do projeto “Agenda 2030 no Semiárido baiano”, realizado pelo Irpaa nos municípios de Campo Formoso, Casa Nova, Curaçá, Juazeiro e Sento Sé, aconteceu na quinta-feira (30), na sede do Irpaa, em Juazeiro, um encontro de planejamento.

O momento contou com a participação de representantes das organizações: Central de Comercialização das Cooperativas da Caatinga (Central da Caatinga) e a Associação Comunitária Mantenedora da Escola Família Agrícola de Sobradinho (Amefas), que receberam Apoio Financeiro do Projeto.

As entidades foram selecionadas através de editais de chamamento público e contratadas para também realizar ações do projeto Agenda 2030, que se somam às demais atividades e a todo trabalho que o Irpaa já vem fazendo no território.. Nesse sentido, a Central da Caatinga já está executando atividades voltadas à segurança alimentar e nutricional, promovendo reuniões com o poder público e organizações da sociedade civil, audiências públicas e oficinas. Nas ações estão sendo abordados temas como: acesso ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e ao Programa Nacional de Alimentação Escolar, beneficiamento de frutas da Caatinga, comercialização da caprinovinocultura, dentre outros.

A partir da parceria entre o Irpaa e a Central da Caatinga no projeto Agenda 2030, a diretora presidenta da Central da Caatinga, Gizele Maria de Oliveira, destacou o fortalecimento das ações de comercialização já realizadas pela entidade junto às cooperativas e comunidades e também o melhoramento na área da produção, inclusive da caprinovinocultura, que é tão forte na região do Território Sertão do São Francisco (TSSF).

A falta de abatedouros no TSSF é um dos entraves em relação à comercialização da carne de caprinos e ovinos na região. Assim, além das formações e acompanhamento às cooperativas e famílias agricultoras é necessário incidir politicamente nesta questão para que o poder público tome iniciativas para sanar com essa problemática que impacta diretamente a produção e comercialização local, e consequentemente, a geração de renda e segurança alimentar e nutricional na região.

Gizele reforça ainda que essa parceria com o Agenda 2030 colabora “para a gente avançar no processo de comercialização pelas compras institucionais, que são o PAA e o PNAE aqui na nossa região, tanto municipal como estadual”.

Já a Amefas vai atuar na promoção do diálogo com as gestões públicas e com a sociedade civil, sobre a construção de políticas públicas relacionadas ao saneamento rural e a recuperação de áreas degradadas, esta última, por exemplo, com a utilização da metodologia do Recaatingamento.

O diretor da AMEFAS, Bruno Silva, reforça: “Essa parceria é de fundamental importância, pois estará promovendo o desenvolvimento econômico, social e também cultural das populações do Semiárido brasileiro”. Bruno complementa ainda que “a atuação da Amefas junto às famílias e comunidades vai ser fundamental para que nós cheguemos nas comunidades, ressaltando a importância das tecnologias que, de certa forma, já existem neste território (…) e realizarmos várias formações, oficinas, capacitações a respeito dessas tecnologias”.

Além das contribuições que a Central da Caatinga e Amefas darão para o alcance das metas do Agenda 2030, o coordenador deste projeto no Irpaa, Paulo César Santos, destaca que essa iniciativa, de certa forma, também potencializa as ações dessas entidades. “Elas ampliam o seu quadro de colaboradores para estarem, inclusive, ganhando visibilidade no seu nome aqui no território, para mostrar a sua capacidade operacional em relação a projetos sociais, para ampliar esse debate dentro da sua própria base de atuação e também para estar chegando mais longe no seu alcance junto a esses municípios, junto a essa organização da sociedade civil”.

O projeto “Agenda 2030 no Semiárido Baiano” é uma iniciativa do MOC e IRPAA, com o apoio da Horizont3000 – organização não-governamental austríaca de cooperação para o desenvolvimento e financiamento da Comissão Europeia, Sei So Frei Graz, DKA e Agência Austríaca de Desenvolvimento (ADA).

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