Cidade Carnavalesca: Estado oferece oficinas de adereçaria, estamparia e costura para o carnaval

Cidades Salvador

A partir do projeto Cidade Carnavalesca, moradores de Salvador e Região Metropolitana podem se especializar para atuar diretamente na cadeia produtiva do carnaval baiano, com a criação de peças, cenografia e indumentárias. Vinculado à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), o projeto oferece cursos gratuitos, com certificação, nas áreas de estamparia, costura, adereçaria afro e cenografia para alegorias, incentivando a geração de renda durante o período carnavalesco.

Secretário da pasta, Augusto Vasconcelos comenta que a iniciativa qualifica a produção por trás dos blocos afros e das alegorias que desfilam no carnaval de Salvador. “O carnaval é a principal festa de rua do planeta e é evidente que, também, é uma oportunidade de renda extra para muitas famílias. Nosso intuito é exatamente possibilitar a qualificação, por acreditarmos na participação popular em todos os momentos da festa”, disse o secretário.

Cristiane Gil está desempregada e já alimenta um sonho: ser instrutora de adereçaria.  “Veio em boa hora para mim. Eu vi no Instagram e me interessei, porque esse ano eu passei na categoria master no BBB, que é o Beleza Black Bahia, um dos maiores concursos aqui de Salvador, de Beleza Negra, e eu vou fazer meus próprios acessórios, minhas roupas. Estou muito feliz com isso! Mas no futuro eu quero ser instrutora, quero ensinar outras pessoas”, antecipou a aluna.

Como ela, outras 19 pessoas estão se formando na oficina, que começou há duas semanas, na sede do grupo Cabeção, em Sussuarana. “Estamos na montagem dos turbantes, feita em cima de uma estrutura de casquete, com chapéu. Eles já estudaram o reconhecimento de material, modelagem, corte, estruturação e agora a decoração. Nessas etapas trabalhamos com papelão de sapateiro, aramagem e forragem de tecido”, explicou o Luiz Cláudio Vasconcelos, instrutor da oficina.

Coordenado pelo Afoxé Filhos de Gandhy, com apoio da pasta estadual, as oficinas estão sendo ministradas na sede da entidade, no Pelourinho, e de organizações da sociedade civil em Sussuarana, Nordeste de Amaralina, Plataforma, Cajazeiras e Saramandaia. Com investimento de R$ 1 milhão do Governo do Estado, a expectativa é que o projeto forme até 600 pessoas até o carnaval.

As inscrições ainda estão abertas para pessoas maiores de 18 anos e podem ser feitas nas sedes dos Filhos de Gandhy ou da Banda Didá, ambas no Pelourinho, e do Malê Debalê, em Itapuã.

Dança e percussão

Também estão abertas as inscrições para a segunda turma de percussão do Afoxé Filhos de Gandhy, que podem ser realizadas presencialmente, na sede da entidade, e de dança para mulheres, do coletivo Confraria das Deusas. Para participar da última, basta entrar em contato através do Instagram @OSC_confrariadasdeusas ou do e-mail: confrariadasdeusas.osc@gmail.com.

Além da Setre e da Associação Afoxé Filhos de Gandhy, o projeto Cidade Carnavalesca conta com a parceria da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult).

Secom/Repórter: Milena Fahel/GOVBA/Foto: Amanda Ercilia

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