
Entenda as principais características das viroses, como diferenciá-las de outras doenças e quais os cuidados mais eficazes para alívio dos sintomas.
Nos primeiros e últimos meses do ano, há muitas notícias e relatos sobre viroses. Isso acontece porque a ocorrência dessas infecções é mais comum em épocas do ano quentes, como o verão, devido ao aumento da circulação de pessoas em locais fechados e no contato com água de piscinas ou praias contaminadas.
Já no inverno, as viroses respiratórias se tornam mais frequentes devido ao confinamento em locais pouco ventilados.
Muitas vezes, elas são confundidas com outras doenças, mas possuem características específicas que ajudam no diagnóstico.
Precisamos ter em mente que as viroses são infecções causadas por vírus, afetando diferentes partes do organismo e apresentando diversos sintomas.
Em geral, as viroses são autolimitadas, ou seja, o próprio organismo se encarrega de combatê-las sem necessidade de medicamentos específicos. Mas, em alguns casos, pode ser necessário o uso de alguns medicamentos para amenizar os sintomas e a hidratação seja redobrada.
Diferença entre viroses e outras infecções
Ao contrário das infecções bacterianas, que podem necessitar de antibióticos, as viroses costumam ser passageiras e podem ser combatidas pelo sistema imunológico sem intervenções mais agressivas.
Sintomas como febre, dores musculares e mal-estar são comuns nas infecções virais, enquanto infecções bacterianas tendem a causar secreção purulenta, inflamações mais severas e necessitam de tratamentos mais específicos.
Outro ponto que difere as duas é a duração da doença. As viroses geralmente apresentam melhora entre três a sete dias, enquanto infecções bacterianas podem se prolongar por mais tempo e evoluir para complicações caso não sejam tratadas.
Principais formas de contágio
As viroses podem ser transmitidas por diversas vias, dependendo do tipo de vírus. O contágio pode ocorrer pelo ar, através de gotículas da tosse e espirro, pelo contato com superfícies contaminadas ou pelo consumo de alimentos e água contaminados.
Ambientes fechados e aglomerados aumentam o risco de transmissão, sendo necessário uma constante higienização das mãos, além de uma ventilação adequada.
Alguns hábitos podem reduzir o risco de infecção, como o uso de álcool em gel, evitar compartilhar objetos de uso pessoal e manter uma alimentação equilibrada para fortalecer o sistema imunológico.
Em caso de idas às praias, verifique se as praias estão próprias para banho, evitando entrar no mar que esteja com alerta de impróprio.
Quais são os sintomas comuns das viroses?
Os sintomas de uma virose podem variar de acordo com o vírus e o sistema afetado, mas alguns sinais são comuns na maioria dos casos.
Esses sintomas podem durar alguns dias e se manifestam de formas diferentes em crianças, adultos e idosos, dependendo de como o organismo reage à infecção.
Entre os sintomas respiratórios mais comuns estão:
- Coriza
- Tosse seca
- Dor de garganta
- Congestão nasal
- Febre
- Dor no corpo
- Fadiga
- Calafrios
Nos casos de viroses gastrointestinais, são frequentes:
- Náuseas
- Vômitos
- Diarreia
- Cólicas abdominais
- Molesa
- Febre baixa
Crianças e idosos podem sofrer mais com esses sintomas por conta do sistema imunológico, sendo importante observar sinais de desidratação e procurar um médico se necessário.
Outros sintomas menos comuns podem incluir dor de cabeça intensa, perda de apetite e irritação na pele, como pequenas erupções.
Em casos mais graves, a virose pode desencadear quadros de desidratação severa, sendo necessária a internação para reposição de líquidos e eletrólitos.
Como tratar os sintomas de uma virose?
O tratamento das viroses foca no alívio dos sintomas, já que, na maioria dos casos, o organismo elimina o vírus naturalmente.
Algumas práticas podem ajudar a acelerar a recuperação e evitar complicações. Observe a evolução da doença e busque orientação profissional caso os sintomas se agravarem ou persistam por mais de uma semana.
Descansar ajuda o corpo a combater a virose. O organismo precisa de energia para enfrentar a infecção, e o repouso melhora a resposta imunológica.
A hidratação também é muito importante, especialmente em casos de febre e diarreia, pois evita a desidratação e auxilia na reposição de eletrólitos. A ingestão de líquidos como água, água de coco, chás e sucos naturais é recomendada para manter a hidratação.
Outra dica importante é seguir uma alimentação leve e equilibrada, optando por alimentos de fácil digestão, como caldos, sopas e frutas, evitando comidas gordurosas ou muito condimentadas que possam agravar os sintomas.
Algumas infusões naturais, como chá de camomila ou gengibre, podem aliviar sintomas como náusea e dor de garganta. O uso de mel também é indicado para ajudar a reduzir a irritação da garganta e acalmar a tosse.
Tratando sintomas gastrointestinais
Quando a virose afeta o sistema digestivo, são necessárias algumas práticas para aliviar o desconforto. Manter uma dieta leve, com alimentos de fácil digestão, ajuda a evitar irritações no estômago e intestino.
O consumo de soro caseiro ou soluções de reidratação oral pode ser recomendado para recuperar os fluidos perdidos. Em situações intensas ou prolongadas, o uso de remédio para diarreia pode ser necessário, desde que sob orientação médica.
Algumas medidas simples podem auxiliar na recuperação, como evitar alimentos crus e industrializados, dar preferência a carboidratos leves como arroz e batata, e ingerir probióticos naturais, como iogurtes, que ajudam a flora intestinal.
Caso os sintomas se prolonguem por mais de cinco dias ou se agravem com sinais como sangue nas fezes, dor abdominal intensa e vômitos frequentes, procure um médico para investigar outras possíveis causas.
Juliana Souza Silva/Foto: Divulgação