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Cinco anos atrás, em 26 de fevereiro de 2020, o Brasil confirmou seu primeiro caso de COVID-19. Um homem de 61 anos, recém-chegado da Itália, foi internado em São Paulo. O que se seguiu foram dois anos de grande dificuldade, com muitas mortes e tremendas mudanças em nossas vidas.
O vírus se espalhou rapidamente pelo país devido a vários fatores. A circulação do vírus já estava ocorrendo antes do Carnaval de 2020 e a elevada capacidade de transmissão das variantes favorecia o contágio. Para piorar, a concentração de pessoas em áreas de baixa renda com acesso limitado a hospitais e a intensa movimentação nas grandes cidades aceleravam a proliferação da doença. A resposta inicial dos governos, nas três esferas, foi lenta e desarticulada. A vacinação demorou a começar, porque os cientistas ficaram atônitos. Além disso, muitos hospitais ficaram sobrecarregados, com falta de leitos, equipamentos e medicamentos, e a presença de outras doenças em muitos pacientes agravou a situação.
A COVID-19 não apenas causou mortes, mas também deixou sequelas em muitos sobreviventes, como cansaço, falta de ar e problemas neurológicos, dentre outros. A pandemia também aumentou os níveis de ansiedade e depressão na população. O Brasil foi duramente afetado, com mais de 700 mil mortes e milhões de infectados, figurando entre os países mais atingidos do mundo. As razões para a maior gravidade em alguns países foram diversas e envolveram desde a infraestrutura hospitalar, a densidade populacional, o acesso à informação e as ações governamentais, muitas delas desencontradas.
Mas a pandemia da COVID-19 nos ensinou lições valiosas. Dentre elas, a importância da pesquisa científica, que possibilitou o desenvolvimento de vacinas. A necessidade de medidas preventivas, como o uso de máscaras e o distanciamento social, além da importância da educação para a prevenção de doenças. A pandemia também evidenciou a necessidade de estarmos preparados para cuidar da nossa saúde e a de todos. Mostrou que governos precisam prevenir e antecipar reações, pelo bem dos cidadãos. O mundo não é mais o mesmo, após a pandemia.
Texto: Pastor Teobaldo – Formação em Teologia, Psicanálise Clínica, Educação Religiosa e Filosofia