
Um dos milhares de produtores do Pontal, o vereador governista Rogério Passos (UB) mostrou-se apreensivo com o orçamento da 3ª Superintendência Regional (SR) da Codevasf destinado ao projeto. Em discurso na sessão plenária de ontem (11) da Casa Plinio Amorim, ele afirmou que o órgão federal “não tem condições” de arcar com o Pontal.
Passos disse ter buscado, com muita dificuldade, informações sobre o orçamento, e se surpreendeu com o que lhe foi repassado. Segundo ele, em 2024 o valor disponível para a 3ª SR Codevasf foi de apenas R$ 10 mil. “O que é que se faz com R$ 10 mil?”, indagou.
O fato, segundo o vereador, comprova que a 3ª SR não tem dinheiro para operar e manter o Pontal Sul, sobretudo em questões como a macrodrenagem (essencial para se produzir, tirando o excesso de água das plantas). Passos adiantou que a gestão do Pontal Sul ficará a cargo do Distrito de Irrigação Nilo Coelho (DINC), mas ressaltou que DINC “precisa ter segurança” em relação ao que irá encontrar.
O vereador revelou, inclusive, que a 3ª SR Codevasf tem uma dívida pendente de mais de R$ 6 milhões com a Neoenergia, e que precisa ser quitada, porque o DINC só assumirá despesas a partir de sua administração. Passos também declarou não ser contra a perenização do Riacho do Pontal, o que beneficiaria outros produtores às margens do projeto – os quais já estão cultivando. “A água é suficiente para irrigar o Pontal Sul, o Pontal Norte, e ainda irrigar as margens do Riacho do Pontal? Se a resposta for sim, a gente tem que vender a água, até para ajudar na operação e manutenção do projeto”, pontou. Passos lamentou, ainda, que a parte norte do Pontal ainda não tenha avançado.
Foto: Nilzete Brito/Ascom CMP