Justiça determina que PM acusada de matar ex-marido deve ficar presa na BA

Cidades Petrolina

A Justiça de Pernambuco determinou que a policial militar Marleide da Silva Pereira, de 35 anos, deve ficar presa na Bahia, onde atua. Ela é acusada de armar uma emboscada e matar a tiros o ex-companheiro Lucas Emanuel Marinho, de 33, que também era PM, em Petrolina, na manhã de domingo (9).

A decisão é da juíza Elisama de Sousa Alves, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), e foi proferida em audiência de custódia na segunda-feira (10). “Tendo em vista que a pessoa presa é policial militar do Estado da Bahia deverá ficar recolhida em unidade prisional militar do Estado onde exerce sua função”, registrou.

Na audiência, a defesa da PM também alegou que o depoimento dela teria sido colhido fora do “tempo regular”, o que configuraria irregularidade. A magistrada notificou o Ministério Público para ter ciência da alegação. De acordo com a investigação, no dia do crime, Marleide disse que estava escalada para trabalhar e convenceu o PM a ir até a sua casa para buscar os filhos que o casal tinha em comum. Assim que Lucas Emanuel chegou ao local, ela teria o surpreendido, já com a arma em punho, e atirado pelo menos seis vezes contra o ex.

Emboscada

Os tiros foram desferidos quando a vítima ainda estava dentro do carro. O corpo do PM também foi encontrado com arma na cintura. Para a polícia, o cenário indica que ele não teve chance de reagir e se defender.

Após o crime, Marleide se entregou no batalhão, na Bahia. Em interrogatório, ela alegou ter sido ameaçada por Lucas na manhã do assassinato. A versão de legítima defesa, no entanto, é contestada pelos investigadores. A policial militar afirmou, ainda, que discutiu diversas vezes com o ex ao longo da separação por conta da venda de uma casa por R$ 290 mil. Segundo relatou, ela considerava o valor baixo e tinha intenção de que o imóvel fosse deixado para os filhos do casal, de 10 e 13 anos.

(Fonte: Diário/PE)Fotos: redes sociais/reprodução

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