
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu apoiadores e políticos aliados em manifestação neste domingo (6) na avenida Paulista para reforçar a pressão pelo projeto de anistia aos réus do 8 de janeiro que pode também beneficiá-lo.
Nos discursos, houve menções seguidas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que vive no Congresso cerco de bolsonaristas que tentam pautar a votação da proposta.
Bolsonaro, em seu discurso, chamou ao trio elétrico e abraçou a mãe de Débora Rodrigues, cabeleireira que ficou presa por dois anos depois de ter pichado com batom a estátua da Justiça nos ataques do 8 de janeiro.
Débora está em prisão domiciliar e é acusada de cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano ao patrimônio tombado, dano qualificado com violência e associação criminosa armada.
“Não tenho adjetivo para qualificar quem condena uma mãe de dois filhos a uma pena não tão absurda por um crime que ela não cometeu. Só um psicopata para falar que aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro foi uma tentativa armada de golpe”, disse.
O evento foi o primeiro organizado pelo ex-presidente desde que ele se tornou réu no STF (Supremo Tribunal Federal) há duas semanas, acusado de tramar um golpe de Estado.
O batom foi um dos símbolos do ato, e muitos compareceram exibindo o objeto. Também foi posicionado um batom inflável de seis metros de altura, ao lado das grades que separavam o público das autoridades.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) pediu que as mulheres empunhassem seus batons.
O grupo político de Bolsonaro mostrou força ao levar sete governadores: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, Ronaldo Caiado (União), de Goiás, Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, Mauro Mendes (União Brasil), de Mato Grosso, e Wilson Lima (União), do Amazonas.
Os quatro primeiros são cotados como presidenciáveis em 2026 diante do vácuo aberto pela inelegibilidade de Bolsonaro.
O ex-presidente posou para foto com os sete aliados antes da manifestação na Paulista. Em discurso, também afagou Caiado e criticou a inelegibilidade imposta ao aliado em primeira instância.
Tarcísio foi o mais celebrado pela organização, tendo sido comparado a um apóstolo.
O pastor Silas Malafaia, organizador do evento, chegou a dizer que, em termos de presença de políticos, seria a maior manifestação desde o impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Em seu discurso, Bolsonaro voltou a dizer que não vai desistir, nem jogar a toalha ou fugir.
Também voltou a fazer uma ameaça velada ao Judiciário, pedindo votos para que tenha 50% de aliados no Congresso a partir de 2027. O Senado é o responsável por analisar pedidos de impeachment de ministros do STF.
Bolsonaro também tentou inverter as acusações e se colocar como vítima de uma manobra em 2022: “O golpe foi dado. Tanto é que o candidato deles está lá. Alguns deles falaram que interferiram, sim, mas foi para o bem da democracia”.
Chamou ainda Lula de “vagabundo”.
O ex-presidente também fez uma série de elogios ao seu próprio governo e também defendeu o trabalho de Tarcísio, que foi seu ministro e é cotado como presidenciável pelo campo da direita.
Tarcísio, em sua fala, listou leis de anistia desde o período colonial e disse que o benefício é uma forma de pacificação.
Também elogiou o aliado e voltou a criticar o presidente Lula, sem citá-lo: “Se tá tudo caro, volta Bolsonaro”, disse o governador, que também pediu um coro aos manifestantes.
Ao defender anistia, o governador disse que quer prisão, sim, mas para quem rouba celular, para corruptos e para quem invade terra.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu apoiadores e políticos aliados em manifestação neste domingo (6) na avenida Paulista para reforçar a pressão pelo projeto de anistia aos réus do 8 de janeiro que pode também beneficiá-lo.
Nos discursos, houve menções seguidas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que vive no Congresso cerco de bolsonaristas que tentam pautar a votação da proposta.
Bolsonaro, em seu discurso, chamou ao trio elétrico e abraçou a mãe de Débora Rodrigues, cabeleireira que ficou presa por dois anos depois de ter pichado com batom a estátua da Justiça nos ataques do 8 de janeiro.
Débora está em prisão domiciliar e é acusada de cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano ao patrimônio tombado, dano qualificado com violência e associação criminosa armada.
“Não tenho adjetivo para qualificar quem condena uma mãe de dois filhos a uma pena tão absurda por um crime que ela não cometeu. Só um psicopata para falar que aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro foi uma tentativa armada de golpe”, disse.
O evento foi o primeiro organizado pelo ex-presidente desde que ele se tornou réu no STF (Supremo Tribunal Federal) há duas semanas, acusado de tramar um golpe de Estado.
O batom foi um dos símbolos do ato, e muitos compareceram exibindo o objeto. Também foi posicionado um batom inflável de seis metros de altura, ao lado das grades que separavam o público das autoridades.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) pediu que as mulheres empunhassem seus batons.
O grupo político de Bolsonaro mostrou força ao levar sete governadores: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, Ronaldo Caiado (União), de Goiás, Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, Mauro Mendes (União Brasil ), de Mato Grosso, e Wilson Lima (União), do Amazonas.
Os quatro primeiros são cotados como presidenciáveis em 2026 diante do vácuo aberto pela inelegibilidade de Bolsonaro.
O ex-presidente posou para foto com os sete aliados antes da manifestação na Paulista. Em discurso, também afagou Caiado e criticou a inelegibilidade imposta ao aliado em primeira instância.
Tarcísio foi o mais celebrado pela organização, tendo sido comparado a um apóstolo.
O pastor Silas Malafaia, organizador do evento, chegou a dizer que, em termos de presença de políticos, seria a maior manifestação desde o impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Em seu discurso, Bolsonaro voltou a dizer que não vai desistir, nem jogar a toalha ou fugir.
Também voltou a fazer uma ameaça velada ao Judiciário, pedindo votos para que tenha 50% de aliados no Congresso a partir de 2027. O Senado é o responsável por analisar pedidos de impeachment de ministros do STF.
Bolsonaro também tentou inverter as acusações e se colocar como vítima de uma manobra em 2022: “O golpe foi dado. Tanto é que o candidato deles está lá. Alguns deles falaram que interferiram, sim, mas foi para o bem da democracia”.
Chamou ainda Lula de “vagabundo”.
O ex-presidente também fez uma série de elogios ao seu próprio governo e também defendeu o trabalho de Tarcísio, que foi seu ministro e é cotado como presidenciável pelo campo da direita.
Tarcísio, em sua fala, listou leis de anistia desde o período colonial e disse que o benefício é uma forma de pacificação.
Também elogiou o aliado e voltou a criticar o presidente Lula, sem citá-lo: “Se tá tudo caro, volta Bolsonaro”, disse o governador, que também pediu um coro aos manifestantes.
Ao defender anistia, o governador disse que quer prisão, sim, mas para quem rouba celular, para corruptos e para quem invade terra.
A ex-primeira-dama Michelle também discursou no evento e citou especificamente o ministro Luiz Fux, do STF, que se tornou uma esperança dos bolsonaristas depois de ter feito críticas à condução dos casos do 8 de janeiro.
“Luiz Fux, não deixe essa mulher morrer”, disse, ao se referir a uma presa do 8 de janeiro cujos parentes estavam no ato.
O pastor Silas Malafaia, em discurso exaltado, chamou os generais do Alto Comando do Exército de frouxos e omissos por não reagirem à prisão de militares como o ex-ministro Walter Braga Netto. O evangélico disse que não está pedindo um golpe.
Malafaia também foi um dos que citaram o deputado Hugo Motta e afirmou que o parlamentar não pode envergonhar a Paraíba.
O primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, Altineu Cortes (PL-RJ), foi outro a reforçar a pressão sobre o Congresso. Em discurso, disse que Hugo Motta será pautado pela maioria e perguntou no palco, um a um, a líderes de vários partidos sobre o apoio a anistia.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que viveu idas e vindas com o bolsonarismo na eleição municipal de 2024, também participou e discursou. Disse que a prisão dos acusados do 8 de janeiro é um ato de desumanidade e que o seu partido vai lutar pela anistia.
Nunes é cotado para concorrer ao Governo de São Paulo em 2026 caso Tarcísio não dispute a reeleição. “Viva o presidente Bolsonaro”, disse o prefeito.
Victória Cócolo/Fábio Zanini/Juliana Arreguy/Gustavo Zeitel/Folhapress/Foto: Reprodução/YouTube