Pré-Conferência dos Povos de Terreiro e Quilombola será realizada nesta quarta-feira (23), em Juazeiro

Cidades Juazeiro

Com o propósito de ampliar a participação social e ouvir as demandas por justiça social, será realizada nesta quarta-feira (23), em Juazeiro, a Pré-Conferência dos Povos de Terreiro e Quilombola.

O evento tem como objetivo traçar um panorama da realidade dessas comunidades e propor ações a serem adotadas pelo governo municipal, além de indicar delegados para a 5ª Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial, prevista para os dias 27 e 28 de maio, com o tema “Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial”.

Além do enfrentamento ao racismo religioso, os representantes devem sugerir outros mecanismos de acesso a direitos. Das 14 comunidades quilombolas ligadas a Juazeiro, apenas três possuem certificação de posse da terra. As localidades enfrentam disputas por território, falta de acesso a obras de infraestrutura — como fornecimento adequado de água e energia elétrica — e ausência de políticas específicas de educação quilombola. Os dados são de estudos realizados pelas professoras Márcia Guena e Céres Santos, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

A Pré-Conferência será realizada no auditório do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, localizado em frente à Rodoviária de Juazeiro, às 9h. Participam da mesa de debate a Yakekere do terreiro Ilê Axé Onyndancor, mãe Edna Rosa; o representante da comunidade quilombola de Lagoinhas, José Henrique Santos Souza; a representante da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), Lindsey Barbosa; e Iuana Louise Santos, coordenadora do Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM).

O evento é organizado em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Diversidade, Igualdade Racial e Combate à Fome (Sedes) e o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR).

Panorama da violência religiosa- Os terreiros de religiões de matriz africana são os que mais registram casos de racismo religioso, assim como seus praticantes. Em Juazeiro, há registros recorrentes. Os mais recentes foram contra o terreiro Ilê Abasy de Oiá Gnan, no bairro do Quidé, liderado pela Yalorixá Adelaide Santos (in memoriam), e o Abaçá Kaiango Macuajô, de pai Bimbo, no bairro Tabuleiro.

Ascom PMJ

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