
Na terra da bossa nova, não falta espaço para ritmos e musicalidade – principalmente aqueles que carregam parte da história do Brasil. Foi assim que o Choro, primeiro gênero de música popular instrumental brasileira, ganhou um evento em sua homenagem nesta quarta-feira (23). Foi a 9º edição do evento ‘Chorinho no Museu’ em comemoração ao Dia Nacional – e Municipal – dedicado ao ritmo. A ação aconteceu no Museu Regional do São Francisco, com apoio da Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes (Seculte).
A comemoração contou com uma típica roda do gênero, marcada pelo som do cavaquinho, sanfona, violão e muito canto. O repertório envolveu canções de artistas como Adoniran Barbosa, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo e Pixinguinha, grandes nomes do gênero considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
O evento é organizado pelo cantor e sanfoneiro Silas França. Segundo ele, um aspecto que torna o show especial são as participações, mas também momentos de contar a história do ritmo. “A gente também tem histórico de cantores de chorinho antigos e essa é uma forma de representar, inclusive, as pessoas que já partiram. O Chorinho é isso, envolve esse sentimento”, disse França.
O militar da Reserva Rogério Ferreira, de 73 anos, passou por lá. Ele relembra tempos em que frequentava muitas rodas do ritmo e agradece à iniciativa por proporcionar esse momento de memórias. “O Chorinho sempre foi e será um grande gênero do repertório nacional e internacional. Quando eu morava em Salvador, eu não perdia uma roda de Choro. Aproveitei esse projeto e hoje aqui estamos”, relembrou Rogério.
O secretário municipal de cultura, turismo e esportes, Targino Gondim, assina embaixo. “O chorinho tem um lugar especial no coração dos brasileiros; é totalmente nosso, assim como a bossa nova, o samba, o forró e a música nordestina. Por isso é tão importante apoiar esse evento e ver tudo isso sendo construído me enche de alegria”, destacou o gestor.
Ascom PMJ