
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu não conhecer o agravo em recurso especial interposto pela defesa de Marcelo da Silva, réu confesso pela morte da menina Beatriz Angélica Mota, assassinada a facadas dentro de uma escola particular em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em 2015. A decisão impede, neste momento, o avanço do recurso no tribunal. O acórdão do julgamento está previsto para ser publicado no dia 29 de abril.
Na prática, quando um recurso “não é conhecido”, significa que o STJ nem chegou a analisar o mérito da questão. O motivo é puramente técnico ou processual: o recurso pode ter sido apresentado fora do prazo, por parte não legitimada, sem o devido preparo, sem interesse recursal, mal formulado ou inadequado ao tipo de decisão contestada. Nesses casos, o tribunal apenas declara que não pode julgar o recurso, mantendo assim a decisão da instância anterior.
A defesa de Marcelo ainda pode recorrer.
Para Lucinha Mota, mãe de Beatriz e incansável ativista pela elucidação do caso, “Beatriz está agora sofrendo uma violência institucional”, ao se deparar com manobras jurídicas que, na sua visão, prolongam ainda mais o sofrimento da família e adiam a responsabilização completa pelo crime.
O caso segue mobilizando o país e despertando comoção por conta da brutalidade do crime e da longa jornada por respostas. Lucinha afirma que continuará acompanhando cada passo do processo, buscando garantir que todos os responsáveis sejam responsabilizados.
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