Gasolina acumula 301 dias sem reajuste e poderia ter queda de R$ 0,25, diz entidade

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Apesar do reajuste anunciado pela Petrobras na última segunda-feira (5), os preços dos combustíveis continuam acima do valor do Preço de Paridade de Importação (PPI), segundo relatório da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) em parceria com a consultoria Stonex. Na Bahia, Estado atendido pela Acelen, que administra a Refinaria de Mataripe, a defasagem do preço da gasolina está em 8%, enquanto o diesel registra uma diferença de 9% em relação ao mercado internacional. Mesmo com a recente queda nos preços do petróleo, os derivados seguem com margens elevadas nas refinarias.

Já nas unidades da Petrobras, o diesel permanece com uma “gordura” de 5% acima do PPI, mesmo após o reajuste. A gasolina, por sua vez, acumula 301 dias sem alteração de preço e segue 8% mais cara do que no mercado externo o que, segundo a Abicom, abriria margem para uma redução de até R$ 0,25 por litro.

A defasagem varia entre os polos de importação. Em Itacoatiara (AM), a gasolina chega a custar 11% acima da paridade internacional. Nos polos de Itaqui (MA) e Suape (PE), a diferença é de 9%. Em Paulínia (SP) e Araucária (PR), os preços estão 7% acima do valor de referência.

A oscilação nos preços acompanha o comportamento do petróleo tipo Brent, que tem enfrentado forte volatilidade no mercado internacional. Nesta terça-feira (6), o barril era cotado a US$ 61,70, com alta de 1,40%, após ter fechado o dia anterior a US$ 60,23. A instabilidade reflete preocupações com a economia global influenciada pelas tarifas comerciais do governo norte-americano de Donald Trump e pela expectativa de aumento na oferta da commodity pelos países da Opep+.

(Fonte: Folha de Pernambuco)(Foto: Blog do Carlos Britto)

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