Alergia começa em casa: como o ambiente doméstico pode agravar os sintomas

Cidades Juazeiro

Enfermeira do IDOMED oferece dicas para evitar gatilhos alérgicos.

Um bichinho de pelúcia, um tapete felpudo e confortável, o cheirinho do amaciante, aquela comidinha caseira, as plantas do jardim ou até seu animal de estimação. Nada disso oferece perigo, certo? Depende. As alergias estão por toda parte — inclusive dentro de casa — e afetam milhões de brasileiros. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 40% da população mundial sofre com algum tipo de reação alérgica. E quando o perigo mora ao lado (ou no tapete da sala), é hora de redobrar os cuidados.

A enfermeira e docente do IDOMED, Raquel Borges, reforça que vários gatilhos para as pessoas alérgicas podem estar presentes dentro de casa. Um deles é o pelo dos pets. “Evitar que animais durmam nos quartos com as pessoas, especialmente no caso de crianças abaixo de dois anos, é fundamental. Os pelos podem adentrar os pulmões e causar problemas graves de saúde”, afirma.

Ter um olhar especial a quem ainda é frágil e não ainda consegue se cuidar sozinho também é muito importante: as crianças podem ser mais vulneráveis às crises alérgicas, segundo Raquel, e por isso os cuidados com os pequenos devem ser redobrados. “A alimentação deve ser livre de substâncias inflamatórias, como açúcares e massas. O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida também é muito importante”, aconselha.

ÁCAROS E POEIRA

Outros riscos para quem sofre com o problema são os brinquedos de pelúcia e os estofados da casa, como tapetes e cortinas: é chegar perto e começar a espirrar. Para amenizar essa situação, algumas práticas simples fazem diferença. “Manter brinquedos de pelúcia protegidos com sacos plásticos ajuda a evitar o acúmulo de ácaros e poeira. Além disso, é importante trocar as cortinas pelo menos uma vez por mês, evitando a sujeira acumulada”, ressalta.

Raquel também enfatiza a importância da limpeza do ar em casa: “Hoje existem filtros que podem ser usados para higienizar o ambiente e mantê-lo livre de bactérias, fungos e vírus. Além disso, gestos simples no dia a dia podem ajudar também, como manter portas e janelas abertas e evitar queimar lixo nos quintais. Todas essas são ações que ajudam a diminuir a exposição a ácaros e poeira”, explica a enfermeira.

E, apesar de importante, até mesmo a limpeza da casa precisa ser feita com consciência, para evitar problemas para os mais sensíveis. “Produtos de limpeza com cheiros fortes devem ser evitados. Manter a casa e as superfícies limpas com panos úmidos ajuda a evitar que a poeira fique suspensa no ar”, finaliza a profissional.


Assessoria Edusaude

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