Articulação de Elmar Nascimento para assumir vaga no TCU envolve possível retorno de Aroldo Cedraz à política; entenda

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Como revelou em fevereiro a coluna Radar do Poder, o deputado federal Elmar Nascimento (União) está de olho em uma cadeira no Tribunal de Contas da União (TCU). Ele, inclusive, admitiu publicamente essa intenção posteriormente. As articulações do parlamentar passariam por um acordo que envolve o possível retorno à política do ministro baiano da Corte, Aroldo Cedraz.

O Política Livre apurou junto a fontes em Brasília que Elmar sugeriu a Aroldo que antecipe a aposentadoria compulsória, prevista para fevereiro de 2026, quando completa 75 anos. De olho na vaga, o deputado do União Brasil teria prometido apoiar o ministro como candidato a deputado federal no ano que vem, transferindo a maior parte do espólio eleitoral de mais de 175 mil votos obtidos em 2022.

Como o aval do PT à candidatura vitoriosa do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara envolveu o apoio a um indicado petista para ocupar a próxima cadeira disponível no TCU, Elmar espera que Aroldo convença um outro ministro, Augusto Nardes, a também antecipar a aposentadoria, de modo a surgirem duas vagas. Assim, o baiano teria mais espaço político para se articular entre os pares e tentar conquistar a tão sonhada aposentadoria de luxo.

Assim como o colega baiano, Augusto Nardes também já foi deputado federal e tem planos de concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul em 2026. Ele teve três mandatos consecutivos na Câmara. Já Aroldo Cedraz foi deputado federal entre 1991 e 2007, sempre posicionado no grupo do falecido Antônio Carlos Magalhães.

Antes dessas negociações, havia a expectativa de que o espólio eleitoral de Elmar fosse “herdado” por um dos primos, o deputado estadual Júnior Nascimento (União), ou pelo fiel escudeiro, o deputado estadual Marcinho Oliveira (União). O grupo liderado pelo deputado federal decidiu, no entanto, que os dois aliados tentarão a reeleição – o primeiro pelo mesmo partido e o segundo pelo PRD, sigla da qual Elmar assumiu o controle, indicando como presidente na Bahia o ex-vereador Adriano Meirelles.

Além disso, Elmar pretende trabalhar para que outros dois deputados estaduais da sua “bancada” – Manuel Rocha (União) e Robinho (União) – conquistem uma cadeira na Câmara Federal em 2026. Outro que o pretenso ministro do TCU tem interesse em ajudar, por ser próximo, é o deputado federal Dal Barreto (União), postulante à reeleição no ano que vem.

Elmar tomou a decisão de disputar uma vaga ao TCU depois de levar uma “rasteira” do ex-presidente da Câmara Federal deputado Arthur Lira (PP-AL), de quem era aliado e amigo. O parlamentar baiano apostou todas as fichas em suceder Lira, mas o pepista optou por apoiar Hugo Motta.

Política Livre/Foto: Montagem/Fábio China

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