
A Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) entrou com uma representação pedindo que a Justiça do Distrito Federal intime o ex-superintendente do órgão federal em Juazeiro (BA), Miled Cussa Filho, para esclarecer as acusações que ele teria feito de que foi assediado e pressionado pelo presidente da estatal, Marcelo Moreira.
De acordo com Cussa Filho, que foi demitido da 6ª Superintendência Regional (SR), isso teria acontecido após sua colaboração com as investigações da Polícia Federal na Operação ‘Overclean’, que investiga uma organização criminosa suspeita de atuar em fraudes e movimentar R$ 1,4 bilhão.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO, a Codevasf alega que as declarações de Miled são um ataque à honra objetiva da Companhia e seus dirigentes, já que ele teria apontado “irregularidades administrativas e improbidade sem provas“. A estatal afirma ainda que as declarações são “gravíssimas” e buscam “atingir a imagem institucional da Codevasf, criando instabilidade, desconfiança e desgaste”.
Confirmação ou retratação
A Codevasf pede que Cussa Filho confirme ou se retrate das afirmações em juízo legal, sob pena de ser responsabilizado nas esferas cível e penal e nega ainda que o desligamento do mesmo teria sido motivado por qualquer motivo persecutório e que sua exoneração teria sido por participação de representantes de empresa privada em reunião – na Superintendência e com a presença do ex-superintendente – sobre um convênio da Codevasf com a Prefeitura de Campo Formoso (Norte do Estado), o que não era de conhecimento da direção da Companhia.
“O ex-superintendente homologou o processo licitatório vencido posteriormente pela empresa representada na reunião. O desligamento buscou ampliar garantias de transparência e integridade para os processos de apuração”, afirma a Codevasf.
“O ex-superintendente homologou o processo licitatório vencido posteriormente pela empresa representada na reunião. O desligamento buscou ampliar garantias de transparência e integridade para os processos de apuração”, afirma a Codevasf.
(Fonte: A Tarde)Foto: reprodução