
O Hospital Universitário (HU)-Univasf/EBSERH realizou, sexta-feira (30), uma ação educativa como parte do movimento internacional Maio Amarelo. A ‘Barraca do Trânsito’ aconteceu na área de convivência da unidade e contou com dinâmicas lúdicas voltadas à prevenção de acidentes de trânsito, com a participação da Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina (Ammpla) e do Comitê Regional de Prevenção a Acidentes de Moto (CRPAM), vinculado à VIII Gerência Regional de Saúde de Pernambuco (Geres).
A mobilização se justifica diante de um cenário preocupante. Homens em idade produtiva, sem habilitação, sem uso de capacete e sob efeito de bebida alcoólica compõem o perfil predominante dos pacientes vítimas de acidentes de trânsito que chegam ao hospital, que é considerado referência regional em traumas ortopédicos, cirurgia vascular, neurocirurgia e clínica médica.
Diante desse cenário, o HU-Univasf vem promovendo, desde 2015, ações em apoio ao Movimento Maio Amarelo. “A conscientização depende de cada um de nós. Nosso comportamento no trânsito é essencial para reduzir o número de acidentes, óbitos e vítimas que chegam à unidade hospitalar“, destaca a chefe da Unidade de Vigilância em Saúde, Daniely Figueiredo.
Como parte da campanha deste ano, o hospital também tem recebido estudantes da rede estadual de ensino, com o objetivo de alertar sobre as consequências dos acidentes de trânsito, suas sequelas, os processos de recuperação e os impactos biopsicossociais sobre vítimas e familiares, contribuindo para a formação de futuros condutores mais conscientes.
Números alarmantes
Com raio de alcance em 53 municípios da Rede Interestadual de Atenção à Saúde do Vale do Médio São Francisco (PEBA), o HU-Univasf atende uma população estimada em mais de 2 milhões de habitantes entre Pernambuco e Bahia. De janeiro a abril deste ano, foram registrados 3.620 atendimentos relacionados a acidentes de transporte terrestre, sendo 2.811 envolvendo motocicletas.
A prevenção de acidentes de trânsito representa um desafio significativo e demanda uma abordagem ampla e multissetorial. São necessários esforços que vão desde a melhoria da infraestrutura urbana até a implementação e fiscalização de leis, passando por campanhas educativas que promovam a conscientização sobre comportamentos de risco.
Daniely reforça que este é um momento estratégico para estimular o debate e a responsabilidade coletiva. “O número de mortes e feridos no trânsito é alarmante. A mortalidade por acidentes é um grave problema de saúde pública em todo o mundo. Entre os principais fatores de risco estão o excesso de velocidade, o consumo de álcool e drogas, a ausência de equipamentos de proteção, a distração ao volante, como o uso do celular, e deficiências na infraestrutura viária“, finaliza.
Maio Amarelo
Com o tema ‘Mobilidade humana, responsabilidade humana’, a campanha deste ano reforça que a verdadeira mobilidade se constrói quando todos se sentem seguros e respeitados. A proposta é transformar a responsabilidade individual em um compromisso coletivo, promovendo cidades mais seguras e inclusivas para todos.
Foto: Coordenadoria de Comunicação Social/HU-Univasf divulgação