Estado entrega restauração de esculturas dos orixás do Dique do Tororó

Cidades Salvador

Símbolos da diáspora africana na Bahia, as esculturas dos orixás instaladas no Dique do Tororó, em Salvador, foram restauradas e entregues nesta segunda-feira (26), em cerimônia realizada pelo Estado. O trabalho foi executado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e teve investimento de mais de R$ 2 milhões.

Das 12 peças criadas pelo artista plástico Tatti Moreno, as oito instaladas na lagoa do Dique do Tororó foram entregues durante o ato, que contou com a presença da secretária de Cultura, Arany Santana; da secretária de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis; do secretário de Turismo, Maurício Bacellar, além de outros representantes da área cultural e de lideranças de terreiros de candomblé.

As esculturas medem sete metros de altura e são representações de Oxalá, Iemanjá, Oxum, Ogum, Oxóssi, Xangô, Nanã e Iansã. Os outros quatro monumentos representam Oxumaré, Ossain, Logun-Edé e Ewá, possuem três metros e meio cada e ocupam a calçada de entorno do dique. Essas esculturas também passaram por manutenção recente.

Em 2019 a peça de Oxumaré foi degradada e teve um dos braços arrancados. Após a ação, a Conder deu início à primeira restauração para recuperação da escultura. Desde 2021 o órgão realiza as restaurações das outras 11 obras.  

Para a secretária de cultura do Estado, Arany Santana, a obra do artista transcende a religiosidade. “Essa obra maravilhosa de Tatti Moreno que reside nesse dique, nessas águas encantadas do Dique do Tororó, é algo que transcende a questão da religiosidade afro-brasileira, vai além. Por conta disso, o Estado da Bahia tem esse compromisso com a sua população, que é eminentemente negra e que exerce a diversidade cultural em todos os aspectos, não apenas o povo de candomblé, mas o povo de umbanda, os geraizeiros, as rezadeiras. A Bahia é um estado diferenciado, é um estado da diversidade, e esse símbolo aqui tem muito significado”, pontuou.

Os orixás de Tatti Moreno foram instalados em 1996 e são uma das mais importantes obras do artista soteropolitano em um local histórico da primeira capital do Brasil.

Secom/Foto: Joá Souza/GOVBA 

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