O presidente Lula (PT) precisa indicar um político do PT para o Ministério da Fazenda para não virar uma espécie de “rainha da Inglaterra”, cercada de toda a pompa, mas sem poder algum sobre a condução do país. A constatação é de lideranças do partido –que apostam todas as fichas na indicação de Fernando Haddad ou Alexandre Padilha para o cargo.
Com a Fazenda reservada a uma pessoa diretamente ligada a ele, Lula poderia comandar ao menos uma das pernas centrais da política econômica –a fiscal.
Já a política monetária está nas mãos do bolsonarista Roberto Campos Neto, que preside o Banco Central e tem mandato de mais dois anos.
No orçamento, o poder do Palácio do Planalto será limitado caso prevaleça a ideia de que ele siga sendo secreto, e nas mãos de um Arthur Lira (PP-AL) empoderado na reeleição da Presidência da Câmara dos Deputados.
Na visão das lideranças do PT, Lula precisa estabelecer uma política que melhore a vida dos eleitores de baixa renda, sob pena de sua popularidade despencar logo no primeiro ano, gerando já uma crise política no começo de seu mandato.
Mônica Bergamo/Folhapress