Na quinta-feira (2/7), durante uma das transmissões semanais na rede social do presidente da República, uma versão da música “Riacho do navio”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, foi executada no acordeão por Gilson Machado Neto, presidente da Embratur.
A intenção era celebrar a inauguração do Eixo Norte da transposição do Rio São Francisco, no Ceará. A trilha sonora, porém, gerou reação negativa.
A letra original de “Riacho do navio” diz: “Riacho do Navio / corre pro Pajeú / O rio Pajeú vai despejar / no São Francisco / O rio São Francisco / vai bater no meio do mar”. Na live de Bolsonaro a letra aparece reformulada, com o título “Riacho do navio que agora vai para o Ceará“, como avisa Machado Neto. Alguns versos são alterados, e passam a incluir referências ao estado nordestino e à Bolsonaro: “Riacho do Navio / corre pro Pajeú / O rio Pajeú vai despejar / no São Francisco / O rio São Francisco / agora vai pro Ceará / Presidente Bolsonaro levou rio pro Ceará” .
Na noite da última sexta-feira (3/7), Amora Pêra, Daniel Gonzaga e Nanan Gonzaga, netos de Luiz Gonzaga e filhos do também cantor e compositor Gonzaguinha, publicaram um texto de protesto nas redes sociais.
“Diante da impotência e da impossibilidade de processo por propaganda indevida, por dupla apropriação, da canção de Luiz Gonzaga e Zé Dantas e do projeto do Rio São Francisco; nós, filhos de Luiz Gonzaga do Nascimento Jr, netos de Luiz Gonzaga, o Gonzagão, apresentamos uma NOTA DE NOJO diante deste governo mortal e suas lives. Governo que faz todos os gestos ao seu alcance para confundir e colocar em risco a população do Brasil, enquanto protege a si mesmo e aos seus”, ressaltaram.
Com informações do G1/Foto: Divulgação