Foto: Política Livre/Arquivo
Com o retorno do governador Jerônimo Rodrigues (PT) da China, a expectativa da base aliada é que as negociações por ocupação de espaços no centro e na periferia do Executivo estadual, travadas durante o périplo do petista no exterior, sejam retomadas. Um dos impasses é a nomeação do vereador Henrique Carballal (PDT), aliado do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), para a presidência da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), anunciada pelo governador, em um café da amanhã com vereadores, há 18 dias, mas que não foi concretizada.
A indicação de Carballal precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo da CBPM, cujo presidente, Paulo Guimarães, estava na China com o governador – ele é superintendente de Atração de Investimentos e Fomento ao Desenvolvimento Econômico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Assim como o atual presidente da estatal baiana de pesquisa mineral, Antonio Carlos Tramm, Guimarães é ligado ao PSB, a exemplo do titular da SDE, deputado estadual do partido Ângelo Almeida, outro que estava no país asiático.
A expectativa é que Carballal, que está na Espanha acompanhando a formatura da filha na Universidade de Salamanca, seja finalmente nomeado no início desta semana. Já há uma interpretação jurídica tanto no governo quanto na Câmara Municipal de Salvador de que o edil pode assumir o cargo sem infringir a Lei das Estatais e apenas se licenciado do Legislativo, sem necessidade de renúncia. O suplente de Carballal é Randerson Leal (PDT), filho do deputado estadual Roberto Carlos (PV).
Caso Carballal fosse impedido de assumir a CBPM por questões legais, em função do mandato, os aliados do vereador já articulavam um “plano B”, que seria emplacar o edil no comando do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes), que ganharia status de secretaria. A informação foi confirmada ao Política Livre por um influente aliado do pedetista.
Como antecipou o site, o PSB já definiu o destino de Tramm: ele será indicado para a presidência da Companha das Docas da Bahia (Codeba). O nome do ainda presidente da CBPM, que, segundo pessoas próximas a ele, não gostou de saber pela imprensa de que seria substituído por Carballal – o pedetista não teve como fazer a transição -, já foi enviado pela deputada federal Lídice da Mata, presidente estadual do partido, ao ministro dos Portos, Márcio França, quadro do PSB, e ao ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Além da nomeação de Carbalall, Jerônimo também deve tentar destravar as negociações com o PV, que reivindica um espaço no segundo escalão do governo, e agendar a tão esperada reunião do conselho político para anunciar os critérios de distribuição de cargos do Executivo no interior, além de discutir as eleições municipais de 2024.
O governador deve ainda marcar para os próximos dias uma reunião com a base governista na Assembleia Legislativa visando ajustar os ponteiros e abordar eventuais insatisfações. O Política Livre mostrou que uma reunião de líderes ocorrida na semana passada na Casa revelou sinais de insatisfação.
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