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Na próxima terça-feira (25), a partir das 9h30, a Comissão de Fiscalização Financeira de Controle da Câmara dos Deputados vai debater a situação da indústria naval no Brasil e a retomada de investimento na área, em audiência pública requerida pelo deputado federal Jorge Solla (PT-BA).
Na primeira década do século 21, o Brasil teve um momento de significativa expansão da indústria naval após a descoberta do pré-sal, a partir de 2007. Até 2014, o país já tinha adquirido mais de 100 embarcações e plataformas petroleiras, dando um passo significativo para a autossuficiência de petróleo e combustível.
No entanto, foi em 2014 que a Polícia Federal instaurou a Operação Lava Jato, que paralisou o setor industrial e de construção no país, impactando na demissão de 2 milhões de trabalhadores.
Construtoras sócias na operação de vários estaleiros estavam no rol de investigados e plataformas e navios-sondas praticamente prontos tiveram as suas obras suspensas.
Uma das obras paralisadas foi a do Estaleiro Paraguaçu, que era realizada pela Setre Brasil, empresa que foi alvo da operação, com o cancelamento do financiamento pelos bancos públicos e BNDES. Mais de 7 mil funcionários que trabalhavam no estaleiro foram demitidos, provocando uma crise profunda na economia no distrito de São Roque do Paraguaçu, em Maragogipe, no recôncavo da Bahia.
Com o novo governo Lula, segundo Solla, a projeção é que o Brasil volte novamente às atenções e invista na indústria naval. Desde o ano passado, entidades como Sindipetro e FUP também se mobilizaram para pressionar em busca da reativação do Estaleiro Paraguaçu.
“Vamos debater com sindicatos e entidades para buscar soluções e viabilizar a retomada da indústria naval no país. O Brasil tem um dos maiores litorais de todo o mundo e precisa saber explorar este potencial. O pré-sal foi descoberto com nossa tecnologia e foi transformador para e nossa economia. É somente um dos grandes exemplos do que podemos conquistar, além de todos os empregos que serão gerados”, declarou o deputado.
A audiência conta contará com a participação de Ariovaldo Rocha, presidente do Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore), de Carla Kalil, secretária do Sinaval, Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), e Elisa Lage, chefe do Departamento de Gás e Petróleo do BNDES.
Radiovaldo Costa, Diretor de Comunicação do Sindipetro Bahia, e Fernando Leites Siqueira, diretor da Associação dos Engenheiros da Petrobras, também farão parte do debate na próxima terça-feira.
Ascom
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